Charles Master - Na Minha

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Winamp v5.552 Build 2460 Multilanguage

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O Winamp é um player multimídia gratuito e muito popular, sendo considerado por muitos como a melhor alternativa ao player padrão do Windows — o Windows Media Player. Ele é capaz de rodar arquivos de áudio e vídeos de diversos formatos, permitindo ao usuário ver filmes, escutar músicas, acessar/criar rádios, ripar e até gravar CDs de áudio

Durante a instalação

É durante a instalação que você deverá escolher a maioria dos adicionais que acompanham o pacote básico do programa. Por isso, não esqueça de observar exatamente quais deles deseja instalar, pois as pequenas opções acabam fazendo uma grande diferença no tamanho final da sua instalação.

Fique atento para adicionar ou remover estes componentes, como Winamp Toolbar e Winamp Remote, os quais proporcionam uma instalação mais personalizada.

Saiba Mais

Repleto de recursos, o Winamp fornece muitas opções para você usufruir dos melhores arquivos de mídia em seu computador. Conta com acesso a estoque digital de músicas (mais de 20 mil canções), suporte a iPods, PlaysForSure e serviços da Creative, sistema de playlist aperfeiçoado e compatibilidade para o SHOUTCast.


Há também a possibilidade de assistir a TVs online através do próprio player. Enfim, ele proporciona uma central de entretenimento que garante satisfação até dos usuários mais exigentes. Além disso, ele é leve e estável, trabalhando com a maioria dos formatos de mídia existentes. Confira uma lista deles a seguir.

Arquivos Suportados

• AAC, AIF, AIFF, AMF, APL, ASF, AU, AVI, CDA, FAR, IT, ITZ, KAR, M2V, M3U.
• M4A, MDZ, MID, MIDI, MIZ, MOD, MP1, MP2, MP3, MP4, MPEG, MPG, MTM, NSA.
• NST, NSV, OGG, OKT, PLS, PTM, RMI, S3M, S3Z, SND, SMT, STZ, ULT, VLB.
• VOC, WAV, WMA, WMV, XM, XMZ e 669.


Diferenciais da nova versão

O Winamp revolucionou o seu visual através de uma nova skin que integra o seu pacote de instalação e que deixa a interface do programa muito mais moderna e agradável, num formato redesenhado para quem já estava cansado daquele visual antigo. Agora você pode ver a capa dos discos das suas playlists sem a necessidade de nenhum plugin.

Você também poderá controlar o player a partir do seu próprio navegador, através da barra de ferramentas exclusiva adicionada ao novo pacote. Assim, com uma conexão à internet, o software também atualiza as informações das suas músicas automaticamente, proporcionando que as etiquetas dos seus arquivos estejam sempre certas.

É possível ter acesso a milhares de rádios online e até a transmissões de TVs, que trazem filmes, séries famosas etc. A novidade não pára por aí: conecte-se ao Winamp Remote diretamente para acessar e compartilhar as músicas armazenadas na sua conta.


Trabalhando com novos dispositivos, você ainda pode conectar o seu iPod ao computador para ouvir a todas as suas músicas com muita praticidade. E, para ajudar nas suas buscas, você conta com buscas inteligentes e ferramentas de monitoramento.


Os Brasas - Os Brasas (1968)

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Reavivando Os Brasas

Banda gaúcha de rock tenta a sorte fora do Estado e faz sucesso a ponto de seus integrantes se estabelecerem como músicos no centro do país. Essa trilha, seguida por nomes como Bixo da Seda nos anos 1970, Engenheiros do Hawaii nos 1980 e Cachorro Grande nos 2000, teve um pioneiro: o grupo Os Brasas – cujo único LP, lançado em 1968, virou cult e agora ganha reedição em CD.

Em ação entre 1965 e 1969, os Brasas foram uma das bandas gaúchas de mais destaque no cenário da Jovem Guarda. Se não tiveram o sucesso de um Roberto Carlos ou um Eduardo Araújo, conseguiram seguir em atividade, mesmo depois do fim do grupo. O guitarrista Luís Vagner, por exemplo, virou ícone do samba rock, e o baixista Franco Scornavacca é empresário da dupla Zezé di Camargo & Luciano e dos filhos Kiko, Leandro e Bruno, do KLB (leia mais no quadro da página 5).

A jornada dos Brasas começa na metade dos anos 1960, quando o rock de Beatles, Rolling Stones e Kinks reina em Porto Alegre. Em quase todas as garagens da cidade, jovens ensaiam covers dos ídolos, em guitarras encomendadas na antiga loja Mil Sons, no bairro Partenon, e usadas ao vivo em bailes em bairros como Lindoia, Teresópolis e Navegantes. Entre grupos como Os Cleans e Os Clevers, Os Brasas adotaram seu nome no final de 1965, inspirados por uma gíria da época.

Nas maratonas de bailes, que podiam incluir apresentações em três ou quatro clubes em um mesmo sábado, o quarteto – com os guitarristas Luís Vagner e Anyres Rodrigues, o baterista Edson da Rosa (Edinho) e o baixista Franco – tocava Beatles e Stones. A grande oportunidade veio em 1966, quando eles abriram um show coletivo no Ginásio da Brigada Militar reunindo a cúpula da Jovem Guarda, com shows de Roberto Carlos, Erasmo, Wanderléa, Jerry Adriani e outros.

– Muitos grupos da época eram instrumentais – relembra Anyres. – Quando perceberam que tocávamos e cantávamos, os empresários dos artistas vieram nos ver.

Em uma quinta-feira de julho daquele ano, os Brasas, então com idades entre 17 e 18 anos, desembarcaram em São Paulo. Logo na primeira noite, visitaram a TV Excelsior, que exibia o programa Juventude e Ternura. Tiveram sorte: foram convidados a voltar na semana seguinte para tocar na atração, apresentada por Wanderley Cardoso e Rosemary. Depois, foram a uma das principais casas de shows de rock da época, o Saloon, na Rua Augusta – e já arranjaram trabalho.

– Demos uma canja e o pessoal do bar gostou. A banda que estava tocando, Os Impossíveis, ia fazer uma turnê, e fomos convidados para substituí-los – conta Anyres.

Daí em diante, os Brasas se espalharam. Além de tocar no Saloon de terça a domingo, assinaram contrato com a Excelsior para se apresentarem no Juventude e Ternura às quintas e no Linha de Frente, da dupla Os Vips, aos domingos. Entre os artistas que conheceram, estava um trio que já fazia barulho sob o nome Os Mutantes.

– O Sérgio (Dias), o Arnaldo (Baptista) e a Rita (Lee) iam lá em casa pedir aparelhos emprestados – lembra Vagner.

Franco lembra de os Brasas, mesmo contratados pela Excelsior, terem aceitado convites eventuais para tocar no programa Jovem Guarda, da concorrente Record – apresentado por Roberto, Erasmo e Wanderléa, era a principal vitrine da música jovem. A convite de Carlos Imperial, os Brasas ainda passaram um tempo tocando às quartas-feiras na TV Tupi carioca. Nas idas ao Rio, dormiam no Solar da Fossa, prédio onde moraram figuras como Tim Maia e Hyldon (cuja história está contada no livro Solar da Fossa, de Toninho Vaz). E não ficavam cansados da rotina agitada.

– A gente queria cigarro, mulher e uma refeição por dia. E guitarra e microfone – diz Anyres.

Mesmo tendo lançado um LP em 1968 (leia na página ao lado), o quarteto não resistiu a um malfadado 1969. Um desgaste foi a perda das gravações do segundo LP, apagadas por engano no estúdio da gravadora Continental. A banda soube do incidente ao voltar de uma desastrada turnê pelo Sul, em que os amplificadores saíram queimados de um show em Curitiba. O grupo decidiu separar-se – hoje, dizem que eram jovens demais.

– A gente não tinha isso de business. Uma vez, perdemos um programa de TV por causa de uma calça que o Franco e Anyres queriam usar. Outra vez, íamos fazer um filme, mas foram dois integrantes para um estúdio e dois para o outro – conta Vagner, de bom humor. Banda gaúcha que fez sucesso nos anos 1960 tem seu único disco relançado em CD

Luís Bissigo

O disco

Além do sucesso na TV, os Brasas também se tornaram uma ativa banda de estúdio em São Paulo nos anos 1960. Foi decisivo para isso o convite para o grupo integrar-se à Banda Jovem do maestro Edmundo Peruzzi – que, entre outros músicos, acompanhava o cantor Eduardo Araújo. Logo os gaúchos estavam gravando com artistas como Sérgio Reis, Demetrius e Wanderley Cardoso – “eu vivia mais no estúdio do que em casa”, conta o baixista Franco. A chance de gravar um compacto veio em 1967. A estreia incluiu as músicas Lutamos para Viver e Vivo a Sofrer (versão do hit italiano Piange com Me). Outros compactos viriam, incluindo uma leitura rock para Mulher Rendeira, mas a maior repercussão veio com a A Distância, versão de Oriental Sadness, dos Hollies.

O sucesso do compacto abriu caminho para a banda gravar seu LP em 1968. Entre as 12 canções, estão versões – como a escrachada Pancho Lopez, gravada por Trini Lopez – e parcerias de Luís Vagner com Tom Gomes, como a balada Sou Triste por te Amar e o rock pesado Não Vá me Deixar. Com influências do rock e do bolero e em sintonia com o romantismo ingênuo então vigente, os Brasas impressionam pelos elaborados arranjos de guitarras e vozes, com Franco e Anyres respondendo pela maior parte dos vocais principais. Não chega a ser um álbum revolucionário, mas se destaca entre outros títulos da época e, injustamente, só agora sai em CD.

– É legal verificar que os Brasas pescaram algumas pérolas e também gravaram coisas próprias. Naqueles tempos, isso era muito raro: tanto as bandas comporem como terem a chance de colocar isso em disco – diz o pesquisador Marcelo Fróes, produtor da série de reedições Ídolos da Jovem Guarda, que inclui o CD dos Brasas.

DEPOIS DA JOVEM GUARDA

Todos nascidos em 1948, os ex-integrantes da banda mantiveram suas trajetórias musicais:

Luís Vagner

Desde o fim do grupo, o bageense lançou 14 álbuns solo, combinando elementos de ritmos como rock, samba e reggae. Seu estilo na guitarra atraiu a atenção de Jorge Ben Jor, que o conheceu em São Paulo nos anos 60 e dedicou-lhe a canção "Luís Vagner Guitarreiro". O gaúcho chegou a integrar as bandas de Jorge e de Tim Maia, como baixista, e hoje mora em São Paulo, depois de períodos no Rio e na França.

É apontado como um dos pioneiros do reggae no Brasil, ao lado de Gilberto Gil, e é nome fundamental na história do samba rock – além de autor de canções como "Silvia 20 Horas Domingo" (gravada por Ronnie Von e pela Video Hits) e "Saudade do Jackson do Pandeiro" (em parceria com Bedeu). Mas o gosto pela fusão de ritmos vem desde os anos 60.

– A gente queria fazer uma coisa que tivsse o mundo todo, e também o Brasil, para termos alguma chance – resume.

Franco Scornavacca

Nascido na região italiana da Calábria, Franco veio morar em Porto Alegre com sua família aos oito anos e se diz 99,9% brasileiro. Um de seus primeiros amigos na cidade foi Anyres Rodrigues, que depois seria seu colega nos Brasas. Dissolvida a banda, Franco ainda teve carreira como cantor de samba rock, lançando dois LPs e 10 compactos.

Nos anos 80, tornou-se empresário, trabalhando com artistas como Fábio Jr. e Leandro & Leonardo. Hoje, cuida dos negócios de Zezé di Camargo & Luciano e do trio KLB, integrado pelos seus filhos. A experiência com os Brasas, segundo Franco, foi decisiva para função que exerce hoje.

- Eu faço tudo aquilo que deixaram de fazer por mim. O artista quer proteção, precisa ter ao lado alguém que entenda de marketing, que saiba qual é o marketing saudável para aquele artista – explica.

Anyres Rodrigues

Nos anos 70, depois de uma temporada morando no Rio, voltou a São Paulo e fundou o bar Barracão de Zinco, onde liderava uma banda especializada em reler o repertório dos Beatles em ritmo de samba. Desde o final dos anos 70, atua como produtor, compositor e músico de estúdio.

É autor da canção que veio a ser tema da novela mexicana Carrossel, exibida no Brasil no início
dos anos 1990. O porto-alegrense também morou no Japão por cinco anos e hoje é sócio de
um estúdio em São Paulo. A relação de amizade com Vagner e Franco segue forte – o antigo
baixista é padrinho de um dos filhos de Anyres.

– Os Brasas são minha família. Passamos pelo menos três anos dividindo o cotidiano.

Edson da Rosa

O brasa baterista, nascido em Quaraí , seguiu carreira como músico de estúdio, eventualmente colaborando em gravações dos ex-companheiros Luís Vagner e Anyres Rodrigues e acompanhando artistas como Jair Rodrigues e Luís Loy – às vezes assinando com seu outro sobrenome, Aymay.

Em junho de 1999, quando era integrante da banda de apoio da cantora Ivete Souza, passou mal depois de um show e teve de ser internado. Morreu dali a poucos dias, em decorrência de problemas hepáticos, uma semana antes de Ivete lançar o álbum De Onde Vens, que contou com a participação do baterista.

– Ele não teve trabalho autoral, mas cantava muito bem e foi, sem dúvida, o melhor baterista
com quem toquei – elogia Anyres.


Fonte: Zero Hora - 18/04/2009
Os Brasas - Os Brasas (1968)













01 - A Distância
02 - Beija-me Agora
03 - Um Dia Falaremos de Amor
04 - Quando o Amor Bater na Porta
05 - Meu Eterno Amor
06 - Que Te Faz Sonhar, Linda Garota
07 - Pancho Lopez
08 - Ao Partir, Encontrei Meu Amor
09 - Benzinho, Não Aperte
10 - Theme Without A Name
11 - Não Vá Me Deixar

Internacional - Bicampeão Invicto 2009

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Yonlu - A Society In Which No Tear Is Shed Is Inconceivably Mediocre (2009)

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Você vai ouvindo o disco e fica difícil acreditar que um garoto de 16 anos, sozinho no quarto, possa ter feito tudo isto. De onde, com essa idade, ele tirou tanta informação e formação para compor, fazer arranjos e tocar assim tantos instrumentos? Como pôde, em tão pouco tempo, apreender a história do rock e de certa forma até da própria Música, para chegar a esta síntese?

Que espelho atravessou para buscar uma valsa, encontrar o cangaceiro Lampião, brincar com os Beatles, samplear o discurso irado do jovem Caetano, ouvir a voz dos elefantes, dedilhar um violão folk, crispar uma guitarra pós-punk, tocar um piano clássico, cantar como Tom Waits, fazer um vocal tipo Mutantes, pensar em inglês e entre tantas influências do passado e do presente inventar seu próprio som?

Onde aprendeu que a sofisticação pode estar na simplicidade e a simplicidade na sofisticação? Que o natural e o eletrônico, o silêncio e o ruído são complementares? Como conseguia cantar só para ele diante de uma multidão virtual e ao mesmo tempo mostrar-se a essa multidão com a segurança de quem está absolutamente só? De que lugar Yoñlu trouxe a vontade de ser vários, a surpresa de ser vários, a tristeza, a melancolia, a angústia de ser vários?

Perguntas, perguntas, Yoñlu deixou uma enorme pergunta tatuada numa tela de cristal líquido e na memória de quem o conheceu, dentro ou fora dessa tela. Sua herança, neste disco, é impressionante. Por todos os motivos, um outro mundo que se desvenda para quem o ouve: música de grande qualidade e expressão, e a foto nítida de uma mente genial presa no corpo de um adolescente que, talvez por isso mesmo, reuniu o universo em seu quarto.

Juarez Fonseca

"Eu acredito que a cadência e a harmonia certas no momento certo podem despertar qualquer sentimento, inclusive o da felicidade nos momentos mais sombrios."

Essa frase é de um adolescente de 16 anos. Um garoto que amava Radiohead, Mutantes e Vitor Ramil. Foi escrita no dia de seu suicídio. Era parte de sua carta de despedida. Ele dizia aos pais que a música era a melhor maneira de enfrentar o desespero que viria. Antes de começar a morrer, colou a carta no lado externo da porta do banheiro. Acima dela, um cartaz: “Não entre. Concentrações letais de monóxido de carbono”. Vinícius ligou o aparelho de som – “porque é bom morrer com música alegre” – e entrou.

A frase escrita na morte se transformou num legado de vida impressa no encarte do CD lançado em fevereiro pela Allegro Discos, com 23 músicas de sua autoria. Parte delas foi entregue aos pais na forma de uma herança às avessas: “Deixei na mesa do computador um envelope vermelho da Faber-Castell que contém um CD com algumas de minhas músicas”. Yoñlu, o título do CD, é o nome com o qual batizou a si mesmo no mundo em que circulava com mais desenvoltura: a internet.

Ambos, Vinícius e Yoñlu, morreram por asfixia por volta das 15h30 de uma quarta-feira de inverno, 26 de julho de 2006. Vinícius foi estimulado ao suicídio e auxiliado por pessoas anônimas na internet. Ele é a primeira vítima conhecida no Brasil de um crime que tem arrancado a vida de jovens de diferentes cantos do mundo – uma atrocidade que poderia ser chamada de Suicídio.com. Yoñlu anunciou na internet que seu suicídio começaria a partir das 11 horas de 26 de julho.

Vinícius Gageiro Marques deixou o inventário de seu suicídio. Documentou sua morte na carta de despedida impressa em papel e no registro virtual da internet. Seguindo seus passos, é possível chegar ao impasse de uma época em que adolescentes habitam dois mundos – mas os pais só os alcançam em um.

No mundo real, Vinícius estava havia dois meses em internação domiciliar por determinação de seu psicanalista. Ele era um garoto superdotado, descrito como “extraordinariamente inteligente” e “extremamente sensível”.

Filho único do casamento de um professor universitário que foi secretário de Cultura do Rio Grande do Sul com uma psicanalista, ele teve todo o estímulo para desenvolver inteligência e sensibilidade. Alfabetizou-se em francês quando a mãe fazia doutorado em Paris com a historiadora e psicanalista Elizabeth Roudinesco, biógrafa de Jacques Lacan. Mas o mundo doía em Yoñlu, como mostram as letras de muitas de suas músicas. Sua questão não era morrer, mas fazer a dor parar.

Os fones de ouvido eram o caderno dele. Não levava nada, não ouvia o professor e depois passava por média em tudo. Vinícius criou uma fantasia para enganar os pais: a de um adolescente “normal”. Disse a eles que queria fazer um churrasco para os amigos, que estava interessado numa “guria”, que preferia não ter os pais por perto. Dias antes, pediu ingresso para um show que aconteceria depois de sua morte, iniciou um tratamento de pele, foi ao supermercado comprar a carne. Simulou um futuro onde não pretendia estar.

Vinícius parecia “curado” no mundo real. Na internet, porém, Yoñlu pedia instruções sobre o melhor método de suicídio. Em 23 de junho, comentou que adiaria sua morte porque muita gente estava elogiando suas músicas. A faixa “Deskjet Remix”, em parceria com um DJ escocês, tocava em festas eletrônicas de Londres. O mundo virtual de Yoñlu alcançava gente de vários países em sites de suicídio e fóruns de música, com quem conversava num inglês desenvolto.

A gravadora Luaka Bop lançou em 14 de abril nos Estados Unidos, finalmente, o disco póstumo de YOÑLU, apostando no denso trabalho conceitual do jovem gaúcho, o selo de propriedade do músico americano David Byrne bolou o belíssimo e criativo site www.luakabop.com/yonlu, em que dá pra curtir as músicas e os desenhos do próprio Yoñlu, reproduzidos no encarte do CD.

Batizado de A Society in which No Tear Is Shed..., o álbum tem 14 faixas – o editado pela Allegro no ano passado reunia 23 músicas. Em compensação, o disco gringo traz canções que ficaram de fora do brasileiro, como uma versão de "Estrela, Estrela", de Vitor Ramil, e o sambinha de protesto "Olhe por Nós", em que Yoñlu detona um político gaúcho da atualidade: “Pra piorar, até governador tu quer virar / Para o Rio Grande governar / E do poder se aproveitar / Mas eu não vou deixar”.

A singular mistura de folk, música eletrônica, samples, MPB e ruídos de Yoñlu já está chamando a atenção da crítica musical lá fora. Sites especializados como o All Music vêm saudando a criatividade do trabalho do garoto, comparando-o a nomes como Nick Drake, Elliott Smith e Radiohead.

Yonlu - A Society In Which No Tear Is Shed Is Inconceivably Mediocre (2009)













01 - I Know What It's Like ( 3:03)
02 - Boy And The Tiger ( 5:44)
03 - Humiliation ( 1:57)
04 - Polyalphabetic Cipher ( 3:57)
05 - Q-Tip ( 3:33)
06 - Little Kids ( 1:20)
07 - Katie Don't Be Depressed ( 3:43)
08 - Deskjet (Remix) ( 1:17)
09 - Estrela, Estrela ( 3:21)
10 - Olhe por Nós ( 1:55)
11 - Suicide ( 1:59)
12 - Luona ( 3:34)
13 - Phrygian ( 1:30)
14 - Waterfall ( 3:53)

Mutuca (Carlos Eduardo Weyrauch)

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Nascido em 1946 é um dos nomes importantes do Rock Gaúcho, com 38 anos de rock nos palcos de Porto Alegre, apresenta um repertório escolhido entre as músicas que marcaram em sua carreira, complementando com algumas de suas composições. Sua banda apresenta os músicos JAIME PIETA (guitarra solo e vocal), ECO ALVARES (teclados e vocal), EZEQUIEL GUARNIERI (baixo), RAULINO SANTOS (bateria) e MUTUCA (vocal principal e guitarra base).

MUTUCA, aos 9 anos de idade (1955), presenciou o lançamento do rock’n’roll em Porto Alegre com a chegada dos discos 78 rotações e do Long Playing de 10 polegadas, de Bill Haley e Seus Cometas e do rei Elvis Presley. Numa festa de aniversário de um vizinho (1956), cantou Tutti-Frutti.

Em 1959, ouviu os Lps da banda americana The Ventures e sentiu-se motivado a participar de um conjunto de rock.

Aos 17 anos (1963), viu a chegada dos discos dos Beatles, ganhou um violão de sua avó e começou a fazer aulas com o professor Alan Kardek da Silva.

Flávio Leite (guitarra solo), Antolin Carvajo (baixo), Luís Felipe Oliveira (bateria) e Mutuca; a frente Carlinhos Falcetta (guitarra base)No ano de 66, entrou para o conjunto OS INCÓGNITOS, na rua da Azenha, como cantor. A banda contava com Antolin Carvajo (baixista), Luís Felipe Oliveira (baterista), Flávio Leite (guitarrista solo) e Carlinhos Falcetta (guitarra base), futuro baixista do Alphagroup... No ano seguinte, reformulou a banda, que passou a se chamar Alphagroup. No dia de seu aniversário de 21 anos (1967), debutou na noite, em Caxias do Sul – Boate Kon-Tiki, como bandleader do ALPHAGROUP. Tocaram músicas dos: Beatles, Rolling Stones, Troggs, Monkees e Animals. Logo estava apresentando uma composição sua, Lisa In Love.

Aos 23 anos (1969), formou nova banda, o SUCCO, com Cláudio Vera Cruz (guitarra solo), Moka Lucena (guitarra base), Flávio Chaminé (baixo) e João Manuel Blattner (bateria), com quem participou do histórico II Festival de Música Popular da Faculdade de Arquitetura, com a música Nem Só De Graves Vive O Homem, de autoria de Chaminé e Vera Cruz. Chegaram à noite final, conseguindo sexto lugar.

Apresentou sua composição Yê-Yê Barato, no espetáculo Dia Um (1969), de Wanderley Falkenberg e Luís Santana, onde participou como cantor, ao lado de Wanderley (violão e vocal), Chaminé (baixo e vocal), Moka Lucena (guitarra), Da Graça Magliani (vocal), Giba-Giba (sopapo) e Bacardi (bateria).

Em 1973, participou como cantor, tocando violão de 12 cordas, no espetáculo de Wanderley Falkenberg e Cláudio Levitan: Amelita, Cabeça, Corpo & Membros. Os músicos eram Wanderley (vocal e violão), Levitan (vocal e violino), Chaminé (baixo), Roberto Patota (guitarra) e Lauro Ney (bateria).

Em 1975 forma outra banda, A BARRA DO PORTO, onde atuou como cantor e compositor. O grupo era formado por Bebeco Garcia (guitarra solo), Felipe Soares (guitarra base), Bugo Silveira (baixo) e Rogério Collares (bateria), depois Edinho Galhardi.

A partir de 1980 toca com a banda ÓCULOS ESCUROS, ainda com Bebeco e Edinho, mais o baixista João Fondaik, depois Renato Machado.

Em 85, formou o grupo performático OS IRMÃOS BROTHERS, onde atuou como cantor e guitarrista, com Léo Ferlauto (piano e vocal), Careca da Silva (bateria e vocal) e Flávio Chaminé (baixo e vocal).

Aos 43 anos, formou a banda de rock-soul BRIC-BROTHERS, onde atuou como cantor, com Chaminé (baixo), Deio Escobar (guitarra), Fernando Pezão (teclados) e KCláudio Mattos (bateria).

Em 1991 cria a banda MUTUCA E OS ANIMAIS, onde atuou como cantor, com Marcelo Truda (guitarra), Chaminé (baixo), Edinho Galhardi (bateria) e Ricardo Cordeiro (saxofone).



Depois de várias mudanças no elenco, gravou o CD Hot Club (Barulhinho – 1999), como cantor, compositor e guitarrista base, com Paulinho Supekovia (guitarra solo), Sérgio Stosch (teclados), Lúcio Vargas (baixo) e Duda Guedes (bateria). O CD foi indicado para o Prêmio Açorianos, incluindo os hits Entrei Numa Fria e Blues da Casa Torta.

Trabalhou, a seguir, com vários músicos de rock da cidade, incluindo Christian Iwers (guitarra), Marcelo Abreu (baixo), Eco Álvares (teclados), Paulo Lata Velha (saxofone), Luís Tavares (percussão), Inácio do Canto (baixo), Mola Ferrão (guitarra), Jorge Buz (bateria), Jaime Pieta Jr (guitarra), Lúcio Vargas (baixo) e João Manuel Blattner (bateria).

Aos 60 anos, Mutuca apresenta sua nova formação de banda:

MUTUCA & ALPHAGROUP
Jaime (guitarra solo, vocal)
Eco (teclados, vocal)
Mutuca (vocal, guitarra base)
Ezequiel (baixo)
Raulino (bateria)

Atualmente, Mutuca conta suas histórias do Rock no blog Hot Club do caderno cultural dos jornais NH e VS do Vale dos Sinos: o BAH!.

Rádio Ipanema FM Mutuca apresenta na Rádio Ipanema de Porto Alegre, o programa HOT CLUB DO MUTUCA, todos os sábados, das 17h às 19h. E-mail do programa


DISCOGRAFIA:
• Hot Club (1999) Barulhinho Discos



Mutuca & Alphagroup em ação na Casa Etílica


Hot Club (1999)










01 - Blues da Casa Torta
02 - Entrei numa Fria
03 - Faxineira
04 - Heartbreak Hotel
05 - Prisioneiro do Rock
06 - Good Rockin' Tonight
07 - The Millionaire
08 - Declaração
09 - Viagem a Saturno
10 - Prá Viajar no Cosmos não Precisa Gasolina
11 - Crooked House Blues
12 - Hot Club






Lançamento exclusivo Durango-95:


1967 da Capo (2006)












01 - Sgt. Pepper's / With A Little Help From My Friends
02 - Drive My Car
03 - Love Me Two Times
04 - Beast Of Burden
05 - I Am The Walrus
06 - If I Don't Be There By Morning
07 - Slow Down
08 - Don't Believe A Word
09 - Hey Bulldog



Grandes discos do Rock Gaúcho 19




Em tempos de misturas musicais cada vez mais gratuitas, visando criar sonoridades “originais” e “diferenciadas”, a Nocet foi na contra mão, praticando algo ironicamente esquecido: rock. O retorno ao básico feito com competência, punch, garra e tesão.

A expressão que a princípio era uma gíria para designar o ato sexual – rock n’ roll – está impregnada de lascívia, provocação, metáfora e energia. É este conceito que o grupo de Santa Maria, Rio Grande do Sul, resgata. O paradoxo da referência está logo aí: cidade com nome de santa, estilo “profano” por natureza. O próprio nome, que vêm do latim, têm na expressão “Quod nocet saep docet” / “aquilo que é nocivo, ensina”, sua essência. Tradição e transgressão andando lado a lado.

Fundado em 1989, o grupo, prestes a completar duas décadas de estrada, já vem calejado para adentrar nesta nova fase do cenário alternativo brasileiro. Neste tempo, a velha forma de se consumir música, que era ditada por grandes corporações, jabás diversos, grandes estruturas de divulgação, dinheiro, muito dinheiro, permitiu que estes rockers gravassem apenas dois álbums.

N”, de 1997, que os levaram a conquistar elogios da imprensa estrangeira, como as conceituadas Metal Hammer, da Alemanha, Rock Hard, da Grécia, e Burrn Magazine, do Japão e o segundo, Bullets, de 2006, já com a formação power trio atual: Marcus Molina (baixo e vocal), Fabrício Soriano (bateria) e Ben Borges (guitarra)...

A banda Roadies inaugurou a parceria Vertical/Tridente, com um CD+DVD que ficou na história como o primeiro lançamento do tipo (dois em um) do gênero no rock do sul, lançando em 2005 seu disco homônimo. O grupo chegou a tocar bastante tempo na Pop Rock e Atlântida com "I Love" e "Sonho Bom", os Roadies apareceram em telejornal global e se firmaram como uma das boas bandas do cenário gaúcho sendo "apadrinhados" pelo Papas da Língua. Sua formação conta com Guilherme: Baixo e Voz, Odi: Guitarra, Graxa: Guitarra e Chabaco: Bateria...

O Incrível Caso da Música Que Encolheu e Outras Histórias é o terceiro álbum da Ultramen, e como seu trabalho anterior, o octeto demonstra uma vocação irresistível para variar ritmos e estilos, traz um repertório de músicas mesclando de maneira ímpar o soul, o hip-hop, o rap, o funk e o reggae. Destacam-se faixas como o rap "Erga Suas Mãos", com participação da dupla Manos do Rap, o samba-rock da abertura "Santo Forte", temperada com metais e backing vocal feminino, evolui para explorações mais sutis da black music brazuca - evidentes no soul brasileiríssimo de "Alto e Distante Daqui" e no suingue de "Justiça Divina".

A Ultramen também exibe propriedade ao investir no reggae. "Máquina do Tempo", "De Canto e Sossegado" e "Coisa Boa" - com a participação do legendário sambarroqueiro Luís Vagner - são algumas das otímas faixas do disco. Talvez por acaso essas duas últimas soam menos interessantes. Noves fora, A Ultramen contraria o próprio título do disco e apresenta uma música que cresceu, ao invés de encolher...

Reverenciado por várias gerações, como um dos maiores ícones do rock gaúcho, Alemão Ronaldo começou sua carreira ainda na década de 70, foi vocalista da Taranatiriça, passou mais de 20 anos à frente da Bandaliera e iniciou com sucesso sua carreira solo em 2004 com o ótimo cd Onde O Amor se Esconde.

O disco tem sucessos como a faixa-título e entre outras, as faixas "Pinhal", "A Sombra do Teu Amor", " Farol", "Mentiras" e "Agora Somos Família"...

O Acústicos & Valvulados, formado em 1991, ano em que Rafael Malenotti (voz/guitarra/violão), Paulo James (bateria), Roberto Abreu (baixo) e Alexandre Móica (guitarra/violão) se conheceram fazendo o que mais curtem: festa.

De tão fissurados na zona promovida pelos mestres do rock’n roll - que ouviam da manhã até a madrugada - começaram a tocar direto, na marra, no hoje lendário estúdio Bafo de Bira, em Porto Alegre. As primeiras composições surgiram e algumas demos rodaram nas rádios. Chamaram a atenção do VJ Thunderbird, da MTV, que logo convidou a banda para aparecer na emissora.

Em 94 sai o primeiro registro: quatro músicas na coletânea Chá Das Quatro. A banda recebeu diversos elogios da crítica, e seguiu fazendo shows direto. Em 95, o clipe de "Dynamite" os levou para a finalíssima do primeiro Video Music Brasil MTV. Em dezembro, estavam em estúdio gravando seu primeiro CD individual, God Bless You Ass (Paradoxx), lançado em meados de 96.

O trabalho foi uma espécie de coletânea dos cinco primeiros anos de banda. Além de composições mais antigas, registrou o início da fase atual, com as músicas "100 Por Hora" e "Minha Fama de Mau", de Roberto e Erasmo, que virou clipe e entrou na programação da MTV. Mais uma vez a banda colheu uma série de elogios da mídia especializada. Em 98, "100 Por Hora" foi relançada na coletânea "As 15 Mais da Ipanema FM". Vale lembrar que a banda foi "nascida" no rockabilly e ao longo dos anos desdobrou-se em rocks, folks, canções e baladas...

O espetáculo Tangos e Tragédias estreou em Porto Alegre no ano de 1984. Criado por Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, que são também os protagonistas desta comédia musical, encenando respectivamente Kraunus Sang com seu violino delirante e o maestro Plestkaya, com seu acordeom de efeitos fantásticos.

Todos estes anos em cartaz, e ainda tem gente que vai assistir, muitos pela segunda, terceira ou mais vezes. É um cult e a trilha sonora do espetáculo,com arranjos de grande sensibilidade, em seu repertório estão músicas encontradas por Kraunus Sang e pelo Maestro Pletskaia nas lixeiras culturais da Sbørnia, sua pátria natal...

Em Porto Alegre, no ano de 2004, vizinhos e amigos formaram a Família Sarará: uma banda cada vez mais presente no cenário musical gaúcho. São Eles: Lucas Ortiz (voz e violão/guitarra), Alemão Cláudio (baixo), Renato Batera (bateria), Antonio Macalão (percussão), Nego Tigas (percussão), Gabriel Uh’Gamba (sopro), Ronald Franco (sopro), Samuel Brentano (sopro).

O nome da banda é a pintura de sua filosofia: “Família” representa a forma de trabalho e sua capacidade, que tem como alicerce a valorização do relacionamento entre os integrantes e é fundamentada na importância do espaço livre para idéias e opiniões. “Sarará” simboliza sua essência e a intenção, através da combinação de culturas, da releitura de gêneros musicais e da interpretação do que o público aprecia com um pouco de vanguarda.

No dia 21 de dezembro de 2007, a Família Sarará gravou seu Ao Vivo, em um show inédito de dezoito músicas próprias. Amigos, familiares, músicos e fãs que acompanham o trabalho da banda lotaram o Teatro de Câmara Túlio Piva, onde ocorreu o evento...

A Graforréia Xilarmônica foi fundada em 1986 nesta época faziam parte da banda Carlo Pianta (ex-DeFalla, Colarinhos Caóticos e Ceres, guitarra e vocal), Frank Jorge (ex-Prisão de Ventre, Cascavelletes e Obsolethos, baixo e vocal), Marcelo Birck (ex-Prisão de Ventre, guitarra e vocal) e Alexandre Ograndi (ex-Prisão de Ventre, bateria).

Desde o inicio das suas atividades a Graforréia se mostrou ser uma banda de vanguarda apresentando sempre um diferencial para o seu público ela. O som meio nonsense era (é) um crossover de regionalismo gaúcho, rock dos anos sessenta (The Beatles, Kinks, Zombies, Beach Boys), Frank Zappa, jovem guarda, punk rock e mais uma certa dodecafônia, um atonalismo tudo com uma leve tendência Pop no melhor sentido que essa denominação poderia ter.

Chapinhas de Ouro, o segundo CD da Graforréia, surgiu em 1998, foi gravado independentemente, e lançado pelo selo ZOOM Records, trazendo no repertório "Iluminados Monstros do Amor", "Beethoven", "Eu Gostaria de Matar os Dois", entre outras...

Nascidos em Pelotas e recém-chegados a Porto Alegre para estudar engenharia, os irmãos Kleiton e Kledir Ramil, mais três amigos da região Sul do estado, criaram o grupo Almôndegas. Formada por Kleiton (violão, violino, percussão e vocal), Kledir (violão, flauta, pente e vocal), Gilnei Silveira (bateria e percussão), João Batista (baixo) e Zé Flávio (violão e guitarra).

O ponto de encontro da turma era a Rádio Continental, que passou a gravar os novos músicos gaúchos em seu estúdio de dois canais e colocá-los na programação. Em pouco tempo, a Continental tornou-se a preferida dos jovens porto-alegrenses. Do sucesso no rádio vieram os shows, mobilizando multidões de duas, três, quatro mil pessoas e despertando o interesse das gravadoras.

Leia abaixo uma resenha da época feita por Juarez Fonseca (clique na imagem para ampliar)


O Almôndegas lançou seu primeiro LP em 1975, Almôndegas, tornando-se o mais popular grupo sulista. Na base de violões e belas harmonizações vocais, misturando MPB, rock e folclore gaúcho, o grupo marcou época. Tanto, que várias de suas músicas continuam a ser tocadas e gravadas. Depois do segundo disco, em 1976, sucesso nacional com "Canção da Meia-Noite" (incluída na trilha da novela Saramandaia), o Almôndegas mudou-se para o Rio. Foi o começo do fim...

Em 1998 quatro amigos começaram a tocar juntos pra passar o tempo e se divertir. Nada de novo nisso. O som que eles tocavam (ou que eles conseguiam tocar) era tosco e rápido. Naquele momento do século passado, acreditem, isso até parecia novo. O rádio tocava atrocidades como Spice Girls, É O Tchan e boy bands em geral. Rock não estava na moda, a internet engatinhava e as bandas, de modo geral, aparentavam ter esquecido os princípios básicos de simplicidade e diversão.

Bel (guitarra), André (guitarra), Mauro (voz) e Raul (bateria), todos com o sobrenome artístico Rocha, formam os Irmãos Rocha!, que, como todo mundo sabe, não são irmãos. Surgido em 1998 apenas para divertir seus integrantes, o grupo faz um autodenominado rock regressivo, apostando na simplicidade e na concisão, influenciados por Troggs, Sonics, Ramones e Cramps.

A banda cresceu inesperadamente, fazendo shows esporádicos para um público incerto, até lançar seu primeiro disco cheio. Ascensão e Queda dos Irmãos Rocha! saiu em 2004, pela gravadora goiana Monstro Discos. Irmãos Rocha! é, na própria definição do grupo, mais vontade que talento.

O CD tem os velhos hinos "Meteoro37" e "Ugabugababy", que eram do EP "Mais Vontade do Que Talento". E as inéditas "Uma Coisa Medonha", "Amadeu Tatu" e "Pechada". O disco tem 20 músicas e uma duração de 34 minutos e 40 segundos. Na verdade 21, porque tem uma música escondida. É todo o material que a banda conseguiu gravar desde 2000, quando os Irmãos Rocha! foram formados.

Mais de dez anos depois, o rock é inevitável. A Ivete Sangalo usa uma camiseta dos Ramones na capa da Capricho. O filho de um ano da Angélica também. As bandas de rock, apesar das suas tatuagens e piercings, são de um bom-mocismo constrangedor. Rock, hoje, é tão ameaçador quanto um pote de margarina. Rock é tão visceral quanto uma reunião de marketing. Rock? Salva ninguém!

Nesse contexto, os Irmãos Rocha! derão o seu adeus. Que novas bandas sigam lembrando o mundo do rock como era no início e apostem na simplicidade, na emoção de tentar acertar alguma música. Tomara que consigam, mas isso é problema das outras bandas. Agora é hora de beber o morto! Dia primeiro de abril, deste ano, não por acaso dia dos bobos, receberam os enlutados para seu derradeiro show. E não houve novidades! A idéia foi a mesma: rapidez, simplicidade e diversão. Pela última vez.


DOWNLOADS:


Nocet - Bullets (2006)












01 - Golen Frankenstein
02 - Color Dream
03 - Maragato Robot
04 - Rock Around The 'Clockwork'
05 - Dé Jà Vu
06 - Used To Be The Number One
07 - Neighbourhood's Song
08 - Brainstorm
09 - Sunset in Blue
10 - Glass People
11 - Sex With Tequila
12 - Carnivalier





Roadies - Roadies (2005)












01 - Menina Desvairada
02 - Sei o Que Você Faz
03 - Ana Carolina
04 - Essa Menina
05 - Tudo Liberado
06 - Garota Nota 100
07 - Tarde Demais
08 - O Que Acontece
09 - Pra Sempre
10 – Afunda
11 - Sonho Bom
12 - I Love
13 - Pedrinha de Gelo
14 – TPM
15 - A Coloninha





Ultramen - O Incrível Caso da Música Que Encolheu e Outras Histórias (2002)













01 - Santo Forte
02 - Alto e Distante Daqui
03 - "3"
04 - Máquina do Tempo
05 - De Canto e Sossegado
06 - Confessionário
07 - Erga Suas Mãos
08 - Coisa Boa
09 - Fantasmas
10 - Justiça Divina
11 - Grama Verde
12 - Oigalê
13 - Máquina do Tempo (Dub Mekka Victor Rice Remix #4)





Alemão Ronaldo - Onde O Amor Se Esconde (2004)













01 - Vem Sem Medo
02 - A Noite Toda
03 - Pinhal
04 - Onde O Amor Se Esconde
05 - A Sombra do Teu Amor
06 - Mentiras
07 - Se Ela
08 - Sinais Tribais
09 - Farol
10 - Pra Que
11 - A Hora Errada
12 - Agora Somos Família





Acústicos e Valvulados - God Bless Your Ass (1996)













01 - God Bless Your Ass
02 - Bone And Skin Girl
03 - Minha Fama De Mau
04 - In The Streets Again
05 - Kickin’ It All
06 - 100 Por Hora
07 - Route 66
08 - Dynamite
09 - I Got You Babe
10 - Out Of Time, Out Of Place
11 - Something Else
12 - Back To ‘55
13 - Wop Bop Boogie





Tangos & Tragédias - Ao Vivo (1988)













01 - Desgrazzia Ma Non Troppo
02 - A Trágica Paixão de Marcelo por Roberta
03 - O Romance de uma Caveira
04 - Noite Cheia de Estrelas
05 - Coração Materno
06 - Ana Cristina
07 - Tango da Mãe
08 - O Ébrio
09 - A Verdadeira Maionese
10 - O Drama de Angélica
11 - Berlim-Bom Fim
12 - Roxane
13 - Meu Erro
14 - Eleven's Train
15 - Aquarela da Sbórnia
16 - Copérnico
17 - I Shot The Sheriff
18 - O Trenzinho Caipira





Família Sarará - Ao Vivo (2008)













01 - Tumá
02 - Olhos de menina
03 - Rasta de bombacha
04 - Veja não com os olhos
05 - Uirapuru
06 - Majestoso
07 - Não me condene
08 - Poetisa (part Jow do EMEPE-4)
09 - Nego do batuque
10 - Espírito guerreiro
11 - Vícios de solidão
12 - Flecha
13 - Achou
14 - Salsa
15 - Munidos de amor
16 - Black music
17 - Semente d’eu e eu
18 - Abajur





Graforréia Xilarmônica - Chapinhas de Ouro (1998)













01 - Eu Gostaria de Matar Os Dois
02 - Meus Dois Amigos
03 - Pensando Nela
04 - Beethoven
05 - Eu
06 - Mixto Quente
07 - Iluminados Monstros do Amor
08 - Benga na America Central
09 - Baby
10 - Colégio Interno
11 - Benga Minueto
12 - Fulvio Sillas





Almôndegas - Almôndegas (1975)












01- Sombra Fresca E Rock No Quintal
02- Até Não Mais
03- Teia De Aranha
04- Olavo E Doroteia (Uma Louca Historia De Amor)
05- Quadro Negro
06- Go
07- Daisy, My Love
08- Almôndegas
09- Vento Negro
10- Clô
11- Amargo





Irmãos Rocha! - Ascensão E Queda dos Irmãos Rocha! (2004)













01 - Anestesia
02 - Uma Coisa Medonha
03 - Bumbababum
04 - Amadeu Tatu
05 - Pechada
06 - Eu & Vc
07 - DVQÈQN
08 - A Capela
09 - Zen
10 - Beibeam
11 - Música 1
12 - Suicídio na Calçada
13 - Vem Delícia
14 - Oh Yeah! Allright! Let's Go!
15 - Eu Não Tô Sentindo Nada
16 - Rock
17 - Meteoro 37
18 - Ugabugababy
19 - First Time
20 - Dadada
21 - NQÉQVD (hidden track)

 
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