Pegadas - Bebeto Alves e Sombrero Luminoso

Luis Vagner

Gaúcho de Bagé, Luiz Vagner Dutra Lopes nasceu em uma família musical. Filho de mãe índia, seu pai, Vicente Lopes, era músico da orquestra Copacabana Serenaders, que usava o nome artístico Sarará, e seu avô, além de fotógrafo e pastor, era flautista. Bem cedo começou a conviver com artistas em cidades da região.

Aos dez anos, já tocava bateria e violão. O que no entanto foi marcante para sua escalada musical foi a descoberta do rock, ao ver o filme "Rock Around The Clock" ("No Balanço das Horas" na versão Tupiniquim), um dos marcos do estilo no Brasil. Começou a compor algumas músicas.

Em 1963, mudou-se para Porto Alegre e neste mesmo ano, junto com Luiz Ernani, Valdir, Jacks e Edson da Rosa, formou o conjunto The Jetsons. O grupo apresentava-se em reuniões dançantes e acompanhava os cantores que por lá apareciam, começaram no progama "Parque Infantil" de Waldemar Garcia, na TV Gaúcha até que em 1966, a banda migrou para São Paulo e se transformou na banda Os Brasas.

Da formação original dos Jetsons, ficaram apenas Edson da Rosa e Luís Vagner, contando com mais dois integrantes: Anires Marcos e Franco Scornovacca (que chegou a gravar um disco de samba-rock em 1978 e hoje é produtor e empresário musical, além de pai do trio de irmãos KLB).

A banda contava com um repertório próprio, tendo Luís Vagner e Tom Gomes (seu mais constante parceiro nessa época) como principais compositores. Gravam um compacto e continuam suas participações em programas de televisão como o famoso "O Bom", apresentado por Eduardo Araújo e produzido por Carlos Imperial na extinta TV Excelsior e integraram a Banda Jovem do Maestro Peruzzi.

Em 1968 sai o único LP, lançado pela Continental/Musicolor e inédito em CD. Um disco de rock, com pitadas de psicodelia, algumas baladas românticas e letras alegres. como Os Brasas, com mais dois membros: Franco, Anires Marcos e Edson.

Nesse período, o cantor e compositor carioca Demétrius gravou a canção "Magoei seu coração", primeiro registro em disco de uma música de Luís Vagner. Nesse mesmo ano, o cantor niteroiense Ronnie Von grava a música Sílvia, 20 horas domingo, de autoria de Luís Vagner e Tom Gomes.

Em 1969, com o fim dos Brasas, Luís Vagner começou então a trabalhar em estúdios como músico e produtor. Participou de alguns álbuns (como o disco da banda de soul Os Diagonais, de onde saiu o cantor e compositor paraibano Cassiano) e suas músicas foram gravadas por artistas como o cantor carioca Wilson Simonal e os irmãos vocais do Trio Esperança.

Em 1971, participou do disco "Vida e obra de Johnny McCartney", do cantor e guitarrista potiguar Gileno (ex-parceiro de Lílian Knapp, na famosa dupla jovem-guardista Leno e Lílian), disco que viria a ser o primeiro gravado em 8 canais no Brasil. Luis grava seu primeiro compacto com as músicas “Viagem para o Sul” e “Moro no Fim da Rua”, esta gravada também por Wilson Simonal e Trio Esperança.

Em 1972, compõs uma de suas mais marcantes canções, "Como?", gravada pela primeira vez pelo cantor e compositor pernambucano Paulo Diniz e posteriormente por muitos cantores brasileiros, entre eles o compositor e violonista paulistano de samba-rock Bebeto.

Em 1973, escreveu mais uma música que faria um grande sucesso: trata-se de "Camisa 10", parceria com o compositor carioca Hélio Matheus, lançada pelo sambista santista Luiz Américo, que se tornou um hino futebolístico, graças à performance da Seleção Brasileira de Futebol daquele ano.

Em 1974, gravou seu primeiro disco, "Simples", e iniciou uma fusão de ritmos e gêneros musicais que o acompanhavam desde criança. Nesse disco, o samba-rock "Só que deram zero pro Bedeu" (homenagem a Jorge Moacir da Silva, o Bedeu, compositor gaúcho que forneceria muitos sucessos a Bebeto) repercute bem dentro do cenário de música negra no Brasil. Esse álbum, assim como alguns outros, é 100% autoral. Ainda em 1974, participou do disco "1990 - Projeto SalvaTerra", do cantor e compositor carioca Erasmo Carlos, tocando viola na música "A experiência".

Em 1975, grava o disco "Cousas e Lousas", que está fora de catálogo. Nesse mesmo ano, compõe com Bebeto "Segura a Nega", que fez parte do álbum de estréia do violonista paulistano e foi redescoberta por DJs e grupos de samba-rock do século 21. Paulo Diniz gravou "As Estradas", mais uma parceria com Tom Gomes.

Em 1976, gravou o disco "Luís Vagner", que ficou conhecido como "Guitarreiro", em virtude do sucesso da música que abre o disco, uma autobiografia. Nesse período, era conhecido como "gaúcho guitarreiro", alcunha que o acompanha até hoje. Continuou trilhando o caminho da fusão musical, tendo inclusive influências da chula, da guarânia e do reggae, esse último ritmo que o segue de forma mais marcante até hoje.

Em 1978, participa do disco de Franco Scornovacca como guitarrista e tem a sua música "Guitarreiro" regravada nesse álbum. E compõe "Se Quiser Chorar por Mim" e "Gandaia" com o cantor e compositor mineiro Wando, músicas registradas no disco "Gosto de Maçã", de Wando. Ainda em 1978, sua composição "Guria" integra a trilha sonora da novela da Rede Globo "Dancin' Days".

Em 1979, gravou seu disco "Fusão das Raças", um trabalho de linguagem mais pop, mas também voltado para a diversidade musical. Além da inclusão de "Guria" (com participação vocal do cantor e compositor Paulinho Camargo), gravou pela primeira vez "Como?" e fez leitura inusitada de "Garota de Ipanema", do maestro e compositor Tom Jobim e do poeta e letrista Vinícius de Moraes.

Em 1981, foi homenageado pelo cantor e compositor carioca Jorge Ben, com quem conviveu durante a época da Jovem Guarda. A música "Luís Vagner Guitarreiro" consta do álbum "Bem Vinda Amizade". Os sambas "Embrulheira" e "Como?" e foram gravados por Bebeto em seu disco homônimo.

Em 1982, gravou o disco "Pelo Amor do Povo Novo" e participa do festival de MPB da Shell com o samba "Crioulo Glorificado", de Jorge Ben.

Em 1983, no festival de Jazz de Nice, subiu no palco pra dar canja com o BB King. Quem emprestou a guitarra foi o Jonhn Skotfield, guitarrista da banda de Miles Davis.

Em 1986, lançou seu primeiro disco ao vivo "O Som da Negadinha", com regravações de seus sucessos.

Em 1988, gravou o disco "Conscientização",produzido por Mauro Pinheiro, um disco de reggae que contém entre outras a música "Oi". Ainda em 88, se junta a Toni Tornado, Lady Zu, Carlinhos Trumpete e Tony Bizarro para gravar o disco-manifesto "Alma Negra".

Em 1989, após a realização de uma tournee pelo sul do Brasil, em lançamento do disco "Conscientização", boicotado pela gravadora Copacabana, que não mandou o disco para as lojas, ele e o produtor e amigo Mauro Pinheiro a convite do amigo leal e percussionista Luiz Carlos de Paula, resolvem fazer uma viagem a França e lá gravam "Cilada" junto com a Banda Amigos Leais. Esse trabalho não foi lançado no Brasil. O trabalho foi gravado em duas etapas. A primeira, ao vivo no "Jazz à Vienne", um dos maiores festivais musicais da França, e a segunda em um estúdio na periferia de Paris chamado John Lennon.

De 1989 a 1991, músico e produtor se instalam na cidade de Vaux Sur Senne, uma pequena vila distante 40 km de Paris. Com uma base montada na pequena ilha, se associam à jornalista francesa Michéle Pelé e iniciam uma fase de muitos shows pela França.

Voltando ao Brasil em 1992, estréia um show no Aeroanta onde recebe a Banda The Wailers. Realiza uma série de shows por praças publicas em São Paulo e inicia a produção de "Vai Dizer Que não me Viu ...", lançado em 1994 pelo selo independente DAAZ finalizando mais um ciclo muito produtivo de sua carreira.

Luis Vagner volta a uma antiga parceria com o produtor Nilton Ribeiro e grava pela Paradoxx "Brasil Afrosulrealista",com a presença constante do reggae e "Swingante" onde retorna ao "Samba Rock".

Tem músicas gravadas por Luis Américo (“Camisa 10”), Sílvio Brito (“Espelho Mágico”), Wando (“Se Quiser Chorar por Mim”), Ronnie Von (“Silvia, Vinte Horas, Domingo”), Adriana (“Justo Nesta Noite”), Eliana Pittman (“Vou Pular Neste Carnaval”), Paulo Diniz (“Como?”), Bebeto (“Segura a Nega”), além de Lady Zu, Tony Tornado, entre outros. O guitarrista continua se apresentando pelo Brasil em shows.

Em 2001, com a volta do samba-rock ao cenário musical, conseguiu nova projeção e se apresentou em diversas casas em São Paulo e Porto Alegre. Nessas ocasiões, foi freqüente a participação especial da banda paulistana Clube do Balanço, que teve em seu disco de estréia três músicas do guitarreiro (que participou inclusive da gravação do disco): "Saudade de Jackson do Pandeiro" (com Bedeu), "Trilha Guitarreira" (com o guitarrista e compositor paulistano Marco Mattoli, líder da banda) e "Segura a Nêga" (com Bebeto). Na faixa "Falso Amor", de Bedeu, divide vocais com Mattoli.

Em 2002, gravou com os conterrâneos do Ultramen, banda que mistura rock, reggae, rap e outros estilos.

Atualmente, mora em São Paulo e continua na ativa, como cantor, compositor e músico.


CURIOSIDADES

A música "Como?" vendeu mais de 5 Milhões de cópias, entre várias regravações o Albúm de Paulo Diniz aonde esta gravado "Como?" vende até hoje 60 mil cópias por ano, há mais de vinte anos. Foi Baixista da Banda do Zé Pretinho, e diz a lenda que roubava a cena.

Sim! seus dreads são de verdade, e faz 25 anos que ele os cultiva.

Ganhou uma guitarra Fender Stratocaster do Odair José (sim! o autor de "Pare de tomar a pilula"!) que ficou encantado quando viu o Vagner tocando, Na época ele usava uma guitarra caseira. Foi sua guitarra favorita até um roadie esquece-la ela num táxi, em Porto Alegre. Foi então que ele ganhou uma Ibanez Les Paul do Jorge Ben, que ele tem até hoje.

Morou nos anos 70 no Solar da Fossa, Rio de Janeiro, condomínio aonde moravam vários artistas. Foi lá que conheceu e conviveu com Tim Maia, Hildon, Cassiano, Paulo Diniz, MPB4, Gal Costa, Darlene Glória entre outros.

Na época da Jovem Guarda, quando estavam em turnê em Porto Alegre, Erasmo Carlos e Vanderléia subiram o morro (Parthenon) pra conhecer uma banda local que era famosa por ter um grande guitarrista. Eram os Jetsons, e o guitarrista, Luis Vagner.

Luis Vagner sempre foi um apaixonado por futebol. Jogou, na juventude, na categoria infanto-juvenil do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense e, em 1989, após a morte do amigo Branca di Neve, embarcou para a França, onde jogou, aos 42 anos por um clube da Terceira Divisão daquele país, o Vaux Sur Senne. Após essa experiência internacional, retornou ao Brasil e retomou sua produção musical.


Discografia

* Simples (1974)
* Cousas e Lousas (1975)
* Luis Vagner (1976)
* Fusão de Raças (1979)
* Pelo Amor do Povo Novo (1982)
* O som da Negadinha - ao vivo (1986)
* Conscientização (1988)
* Cilada (1990)
* Vai Dizer Que Não Me Viu (1995)
* Swingante (2004)
* Brasil AfroSulRealista (2005)


A seguir, os álbuns para download:

(1974) Simples













01 - Chula Louca
02 - Olha o Pedágio
03 - Ah! Se Eu Soubesses
04 - Você Já Viu Né
05 - Tic - Toc
06 - Nas "Planices" Muitas Luas de Paz
07 - Só Que Deram Zero Pro Bedeu
08 - Por Uma Mulher do Signo de Touro "Desengano"
09 - "Nega Véia"
10 - Eu Queria Ir Pro Céu






(1975) Cousas e Lousas

INDISPONÍVEL



(1976) Luis Vagner













01 - Guitarreiro
02 - Lá no Partenon
03 - Sufoco
04 - Corcoveia
05 - Cobra criada
06 - Camponesa
07 - Frescura de uma mulher
08 - Estás loca de linda Rita
09 - Queres o que ô?
10 - Tesourão






(1979) Fusão de Raças













01 - Fusão das raças [Pro planeta melhorar]
02 - Só pra renascer
03 - Rockeira
04 - Como
05 - Neguinha boa [A boa e o trouxa]
06 - Cabreragem dos peixes
07 - Medicado por Deus
08 - Fazer molho é na cozinha
09 - O amor é mais lindo
10 - Garota de Ipanema
11 - Entendida
12 - Guria






(1982) Pelo Amor do Povo Novo













01 - Papai chegou Mamãe
02 - Oia Iaiá o seu Ioiô
03 - Crioulo glorificado
04 - Duro sem love sem nada
05 - Crioular (Milonga Yé)
06 - Anjo
07 - Vitória de amar
08 - Lava alma
09 - Gostosa
10 - Minha alma pura
11 - Tomazo menino mestiço






(1986) O som da Negadinha - ao vivo













01 - Não negai
02 - Olhos vermelhos
03 - Mamãe Africa
04 - Homem assim não
05 - Homem rasta
06 - Calipso colapso
07 - Skuliba






(1988) Conscientização













01 - Oi
02 - Tudo normal
03 - Ela não me quer mais
04 - Uf
05 - Burrice
06 - Negona
07 - Toquem blues [Só Que Tem Um Toc]
08 - Tramandaí
09 - Conscientização
10 - Objeto alado
11 - Você sabe que eu te amo






(1990) Cilada













01 - Vou pular nesse carnaval (Luis Vagner-Tom Gomes)
02 - Cilada (Luis Vagner-helio Matheus)
03 - Só que deram zero pro Bedeu (Luis Vagner)
04 - Onde bate fica (Luis Vagner-Wando)
05 - Na ponta da sandália (Luis Vagner)
06 - Segura a nega [Cutuca] (Luis Vagner)
07 - Tem que ter luz prá clarear






(1995) Vai Dizer Que Não Me Viu













01 - Feijoada
02 - Abuzzy Wzzy
03 - Mano véio blues
04 - Olho da rua
05 - Onda brava
06 - Alma gêmea
07 - Veneno
08 - Apareça
09 - Prisioneiro
10 - Socorro
11 - Força
12 - Oração






(2004) Swingante













01 - Guitarreiro
02 - Só Que Deram Zero Pro Bedeu
03 - Embrulheira
04 - Segura a Nega
05 - Vou Pular Nesse Carnaval
06 - Negona
07 - Cobra Criada
08 - Onde Bate Fica
09 - Esse Papo é Com Você
10 - De Saudade
11 - Dr. Swing
12 - Saudade do Jackson do Pandeiro
13 - Abuzzy y Wzzy






(2005) Brasil AfroSulRealista













01 - Sedusom
02 - Ta Limpo
03 - Sabor Tropical
04 - Dr. Swing
05 - Que Coisa Mais Querida
06 - E Tudo Contigo
07 - Negros Do Sul
08 - Gente Simples
09 - Pedra Que Nao Lasca
10 - Rola Na Ginga
11 - Sonhei Com Voce
12 - Por Do Sol
13 - Vivo Querendo Te Amar
14 - Deusa
15 - Balaka Do Meleca
16 - Vamos Fazer Som
17 - Felicidade E A Nossa Amizadae

INDISPONÍVEL

Disco Virtual Volume # 1


Foto: Arte, clicRBS

Arte, clicRBS

Neste Dia Mundial do Rock, Volume lança o primeiro disco virtual de bandas do Rio Grande do Sul. No recorte feito, 25 grupos compõem um espectro variado, de diferentes gerações e estilos. São bandas antigas, novas e outras que estão no meio do caminho, sempre tendo o rock como ponto de partida.

Todos escolhidos são especiais por algum motivo, por isso foram convidados para participar dessa joint venture cultural. No entanto, vale destacar a nova música dos Walverdes, Spray, a faixa inédita de Mess (Don't mess with my heart), as ilustres participações dos Replicantes e da Pata de Elefante, as revelações Volantes e Procura-se Quem Fez Isso, a nova banda mais cool destas plagas globais, Wannabe Jalva, e a nova gravação feita por Diablo Fuck Show especialmente para este primeiro disco virtual. Sim, primeiro. Outros virão, certamente.

Abaixo, o streaming das músicas (dividido em dois players) e um raio-x básico sobre cada banda. Mas o melhor mesmo é escutar. E não esqueça: play it loud!





Apanhador Só: do indie ao folk, do rock à MPB, da psicodelia universal à raiz folclórica, da furadeira à máquina registradora, do pato de borracha ao projetor Super-8. Pega tudo, joga no liquidificador e aperta o play. O resultado é o refinado som da banda surgida em 2006, mas que lançou seu elogiado disco de estreia apenas neste ano. O nome do quarteto remete a O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger, e à música Marinheiro Só, de Caetano Veloso. O download do disco segue bombando no site oficial.

Um Rei e o Zé, Apanhador Só

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A Red So Deep: não é uma banda engraçadinha, não tem nome engraçadinho nem letras engraçadinhas. Desde 2004, A Red So Deep revê o que de melhor foi realizado no rock alternativo dos anos 90, sem nostalgia, com ímpeto e a partir de uma ótica celebratória fator 2000.

Guilt + Persecution, A Red So Deep

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Brollies & Apples: a banda dos casais Rodrigo Brandão e Bianca Jhordão (Leela) e Carol Teixeira e Fredi Chernobyl Endres (Comunidade Nin-Jitsu, produtor do Bonde do Rolê) começou com a amizade das meninas e deu o primeiro passo efetivo no verão de 2009, em Londres. Na orgia organizada da banda, todos integrantes trocam de instrumentos e cantam a toda hora. No som, guitarras pesadas e tons eletrônicos, no que já foi descrito por eles como electro-grunge. Brollies & Apples nasceu cult.

Roller Coaster, Brollies & Apples

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Dating Robots: banda de rock eletrônico sujo dos incansáveis Edu Normann e Mari Kircher + Fabio Gabardo (produção e programação de bateria). O projeto, que começou em outubro de 2008 (na época chamava-se Chiclé Demência), é o mais legal de Edu e Mari desde a Space Rave. Influências de Primal Scream, The Kills, New Order e Sonic Youth. O clipe da música Movement Talk mostra a que Dating Robots veio.

My Friend, Dating Robots

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Damn Laser Vampires: Ron Selistre, Francis K e Michel Munhoz são impossíveis. Ninguém segura a surf-polka-punk satânica do trio. A partir de 2005, a banda passou a tocar o terror na nossa Gotham imaginária. Pouco depois. o disco Gotham Beggars Syndicate (2006) extrapolou fronteiras reais com facilidade, sendo relançado nos EUA, no Canadá e na Argentina. No cinema, o trio atacou nas trilhas de Ainda Orangotangos, de Gustavo Spolidoro, do novo filme underground Trantastic, da ScUMBAG Movies, e do documentário Day By Day, sobre o surfista top Adriano de Souza, o Mineirinho. Mais: atuam como artistas visuais, ilustradores, produtores e diretores de seus clipes. Santa versatilidade, Batman! Melhor que isso só o show da banda – um dos mais legais há alguns anos, basta perguntar para público e organizadores dos festivais dos quais participaram. O segundo disco, Three-Gun Mojo, sai em breve pela Devil's Ruin Records.

I Wanna Be an Old Bitch, Damn Laser Vampires

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Diablo Fuck Show: A banda é de longe uma das mais legais que surgiram no Rio Grande do Sul desde... 2009! Vocal rouco e doidão de Bruno Mattos, letras divertidas, bem sacadas e irônicas, e um som psycho-country-core porrada, autêntico e robusto que nos leva a um Velho Oeste punk, bêbado e empoeirado, não muito distante daquele que habita nosso imaginário. Ouça enchendo a cara - e antes de morrer!

Enganando a Morte, Diablo Fuck Show

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Funkalister: 2002 viu surgir a superbanda mais cool do Estado, quando Chico Paixão, Everton Velásquez, Vicente Guedes e Junior Ribeiro se reuniram para gravar músicas instrumentais próprias. A ordem era criação e improvisação sem muitos limites. Atingir o objetivo ficou mais fácil quando um naipe de metais foi integrado ao grupo. O som gira em torno de funk, jazz, samba e rock, emulando groove safra 70 e elegância black. Já foram lançados dois discos (Volume 1 e 2) e algumas faixas já se tornaram trilhas de programas de rádio e do filme Andes Crossing.

Tem Coragem?, Funkalister

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Gulivers: Cristiano, Thiago, Rodrigo e Fabricio curtem música e futebol. Não sei como eles jogam, mas tem uma galera que já sabe como eles tocam. E você? O cartão de visitas da banda é Ausente, que está no disco Em Boas Mãos, lançado neste ano, e que teve clipe dirigido pelo cinesta Lufe Bollini, do Coletivo Inconsciente, com Marcos Contreras no papel principal. Bom pra quem se liga em rock inglês e indie americano.

Ausente, Gulivers

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Identidade: uma banda versátil, de rock clássico inspirado nos Stones, mas com senso contemporâneo. Varia entre faixas agressivas, músicas dançantes e composições mais tranqüilas, cheias de groove. Os caras já tocaram tanto em eventos independentes quanto em festivais mainstream nos dez anos de carreira. Ativos na cena, já lançaram três discos, sendo Antiguidades x Modernidades o último deles, via Marquise 51, o selo/produtora comandado por Lucas Hanke (guitarra).

Não para de dançar, Identidade

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Lautmusik: orbita os ruidosos mundos do pós-punk 80 e do shoegaze 90, transitando entre a névoa do submundo musical e apostando em melodias soturnas, climas sufocantes e ambientações melancólicas pouco óbvias – mas sempre com muito punch e com uma carga pop nítida - o que surpreende em meio a um ambiente majoritariamente sombrio. Uma das melhores bandas do RS, Lautmusik se aproxima de Joy Division, My Bloody Valentine, Cure, Mogwai e Jesus & Mary Chain, mas consegue manter identidade própria.

Bury my Heart in Warsaw, Lautmusik

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Maria Elvira e os Suprassummos do Swing (MESS): o perfil da banda no MySpace indica muito bem o que se passa. "Maria Elvira e os Suprassummos do Swing não é uma banda de garotas, nem de garotos; não é rock gaúcho, nem paulista, nem inglês; não é mod, nem grunge, nem new wave; não toca de terninho, nem fantasiada. A MESS é uma banda, e está contente com isso". Rock'n'roll na veia, recheado por guitarra, baixo e bateria marcantes e vocal grave. Simples assim.

Don't mess with my heart, Maria Elvira e os Suprassummos do Swing

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Musical Amizade: mais que uma banda, o Musical Amizade é um acontecimento à base de guitarra, sintetizador, projeções audiovisuais e filosofia. Nos shows, um baterista virtual surge projetado em um telão, tocando em sincronia com o grupo. Nas letras, teorizações pop acerca da vida, do universo e tudo mais. No som, uma liberdade que os leva do rock cabeça ao funk safado. Um lance conceitual para ouvidos aguçados. O Musical começou em 2007 e hoje, com Patricia Spier vivendo em São Paulo, aguarda a agenda dos *integrantes integrados* para dar novos passos.

Applehead, Musical Amizade

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Os Replicantes: E a maior banda punk do Brasil precisa de apresentação? Basta dizer que a ótima De Sul a Norte está no novo disco, 2010, lançado pela Marquise 51. O resto é história.

De Sul a Norte, Os Replicantes

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Pata de Elefante: a banda gaúcha mais conceituada da atualidade também não é mistério pra ninguém há anos. Instrumentistas de primeira linha, o trio Gabriel Guedes, Daniel Mossmann e Gustavo Telles destilam rock 60-70, groove, melodia e surf music ao sabor de Stones, Beatles, George Clinton e Hendrix. Até parece big band! Bom, eles são big mesmo!

Marta, Pata de Elefante

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Procura-se Quem Fez Isso: a nova psicodelia gaúcha tem uma nova cor (a preta), mas não um novo rosto. O quarteto Procura-se Quem Fez Isso mantém o anonimato a todo custo, disfarçando-se com meia-calca, cartola e lanterna de minerador. Mas o segredo restringe-se à identidade dos músicos, já que a música é uma open source de referências e bom gosto. Lounge music dos 60, rock dos 70, brasilidade, ambient, Burt Bacharach, letras muito bem sacadas [a singela Bagdá (She's My Baby) é um primor da concisão], experimentalismos e mutantismos abrem um novo caminho no som feito no Sul.

Bagdá (She's My Baby), Procura-se Quem Fez Isso

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Superguidis: É praticamente impossível você que curte música não conhecer a banda de Guaíba que há uns quatro anos consegue cada vez mais espaço entre público e mídia. Com um indie lúcido, autoral, livre de referências castradoras e dona de um senso radiofônico efetivo, a banda cria composições arrebatadoras, que atraem fãs entusiasmados aos shows. É um lance meio messiânico, de culto mesmo, que toma forma em apresentações tanto em bares pequenos quanto em festivais no Brasil e no exterior. E por falar em fãs, Robert Pollard e Doug Gillard, da supercult Guided By Voices, já disseram que adoram...

Não fosse o bom humor, Superguidis

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Transmission: No som do quarteto há espaço para guitarras. Muitas guitarras. Altas guitarras. Guitarras marcantes, cortantes, sujas, distorcidas e metálicas. Assim, o foco da banda é instrumental, com vocais (masculino e feminino, em inglês) marcando presença de forma discreta, despreocupada, basicamente complementar. O som do grupo não é o mais fácil do mundo. Quem tem medo de Transmission?

Missing, Transmission

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Urso: O projeto instrumental ainda está em fase de crescimento, mas pela estatura do filhote é bem provável que se torne um gigante. O som da banda é forjado em jam sessions austeras, registradas em vídeos, textos e áudios publicados no blog do grupo liderado por Valmor Pedretti Jr. (Worldengine). Pós-rock contundente de alma metal. O primeiro show será dia 20 de agosto, no Dr. Jekyll, ao lado da MESS.

All Black, Urso

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Walverdes: Há mais ou menos 17 anos o trio de Porto Alegre cria pancadas sonoras com o que há de mais básico no rock: baixo, guitarra e bateria. Mas a crueza simples do som é inversamente proporcional ao esporro criativo de Mini, Marcos e Patrick. Foi com essa vitalidade underground, e a partir de demos, fitas K7, singles, EPs, discos e MUITOS shows, que os Walverdes se consolidaram frente à crítica e ao público como uma das bandas independentes mais importantes do país em todos os tempos. Neste primeiro disco virtual, eles lançam a nova Spray, faixa explosiva que estará no próximo disco. Walverdes se move lenta e bravamente ao som de rocks rápidos, autênticos e em volume máximo. Aumenta o som antes de dar o play!

Spray, Walverdes

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Wannabe Jalva: quando escutei o som da banda pela primeira vez não acreditei. Parecia pegadinha, tipo um perfil fake com faixas incríveis e obscuras de algum grupo desconhecido de alguma megacapital cosmopolita. Som coeso, inteligente e conectado com seu tempo. Experimentações sonoras que resultam em gemas pop do mais alto quilate, que poderiam ter sido feitas por qualquer banda indie britânica atual.

Come and Go, Wannabe Jalva

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Yesomar: esse trio é um tapão na orelha. Rock em alta voltagem testosterônica, pancadas sonoras viscerais furiosas, riffs feios, sujos e malvados, altos berros no vocal e nada de nhenhenhém musical. É rock, é simples, é cru e é direto. No espírito da Yesomar eu diria que se gostou, gostou, se não gostou que se %&#&¨*!!! Ah, e diz que a turnê argentina (ao lado de Los Lotus, Satan Dealers, Silverados e Motosierra) foi devastadora. Normal!

Ao Contrário, Yesomar

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Valentinos: rock britânico, melodias, letras e arranjos cuidadosos são os alicerces que sustentam a banda. Os trabalhos começaram em 2008 e, neste 2010, os caras lançaram Avante, o álbum de estreia com 11 faixas masterizadas na Carolina do Norte (EUA) por Dave Locke. Impossível escutar sem lembrar de Oasis, principalmente devido à voz de Jonts.

Mais Que Nunca, Valentinos

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Velocetts: a banda de Farroupilha também cultua o rock inglês (mas não apenas) tanto das antigas (anos 60) quanto do passado recente (anos 90) e da atualidade (2000). Rock fofo, fácil, pop, fresco e com poder radiofônico garantido por meio de guitarras leves, bateria redodinha e vocal 'amigo' de Maria Carolina Brites. Em 2008, os Velocetts gravaram um EP com três músicas e, em 2009, saiu o single A Cura, com produção de Ray-Z.

A Cura, Velocetts

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Viana Moog: indie sujo, distorcido, alterado e no wave. Rock 60, 70, 90. Poesia pulp, bossa under, jazz rock canalha e literatura beat corroída. Vocal rasgado, rouco, grave, químico. Boemia, insanidade, barulho e urgência. Isso é apenas parte do que forma o quinteto de São Leopoldo. O resto você precisa descobrir por conta própria.

Fleck, Viana Moog

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Volantes: Quando o Otávio Mastroberti me passou o disco da nova banda dele eu não me surpreendi. Ele é músico há anos, então era normal que estivesse metido em algo novamente. Como curto boa parte do que ele faz, imaginei que deveria ser bom. Mas quando escutei Volantes pela primeira vez caí pra trás! A banda tem a liberdade criativa dos autores independentes, o frescor de novas ideias, uma sonoridade atual e uma carga pop de boas referências que fazem a banda aliar os ideários do pós-punk, da eletrônica, e do novo rock a letras em português (voz de Arthur Teixeira), com alma brasileira, de poesia urbana, cotidiana e existencial (Caetano, Roberto Carlos, Chico Buarque e Los Hermanos são referências).

Vitória, Volantes

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>>>>> Agradecimento especial ao Márcio Ventura, da Rei Magro Produções, que deu a maior força no projeto!

Postado originalmente por Danilo Fantinel às 07h35 - Blog Volume - CLICRBS

 
RamonR