Lactuca Sativa

Banda formada em Santa Maria em 1998 com a proposta de engrossar as fileiras do rock gaúcho com composições próprias e arranjos para músicas já existentes.

Com um estilo próprio a banda trabalhou na busca de comercializar o seu som e buscar um lugar ao sol no cenário regional. Ao sentir a necessidade de um trabalho mais profissional, a banda gravou alguns trabalhos demos como o CD Deu Revolt's nas Alface com dez músicas próprias.

A Lactuca Sativa, obteve destaque e reconhecimento na região e a prova disso foi o prêmio conquistado no festival de música do centro do estado "Universo Pop", com a música "Gasolina".

Lactuca Sativa é o nome científico da alface e é uma sátira a "Cannabis sativa". A banda teve participação em coletâneas como no CD da Rádio Atlântida e no CD Via Rock.

Em 2001 lançou o seu CD ..É Pra Comê Ou É Prá Levá? contendo os sucessos “Dedo Duro” e “Gasolina”. Destacou-se com seu disco e mereceu matérias nas revistas Guitar Player e Rock Brigade.

A Lactuca Sativa percorreu grande parte do Rio Grande do Sul tocando ao lado de grandes nomes do rock gaúcho como Comunidade Nin-Jitsu, Chimarruts e Tequila Baby.

Em 2004 lançou seu ultimo trabalho, chamado Outro Mundo, pelo Estúdio Master de Santa Maria, com 13 faixas, incluindo a música “Som de Verão” bastante executada nas rádios da região central do estado.

Além de tocar as canções de sua autoria, a Lactuca Sativa também tocava em seus shows músicas de grandes bandas como: TNT, Cascavelletes, Queen, Kiss, Rosa Tattooada, Cidadão Quem, Beatles, Garotos da Rua, entre outras.

A formação da banda contava com: Fábio (contrabaixo), Bito (bateria), Grota (guitarra e voz), Fernandinho (guitarra e voz) e Zé (violão e voz).



A dita evolução pode trazer alguns problemas

A primeira coisa a se concluir ao escutar os dois álbuns da Lactuca Sativa é inevitável: eles são completamente diferentes. Enquanto o primeiro, de 2001– quando os integrantes da banda tinham entre 14 e 16 anos – era um misto de punk com rock’roll e algumas baladas pop, o segundo era uma mistura de baladas pop com rock’roll. Se em “É pra comê ou pra levá?”, o que predominava eram as melodias toscas, as letras divertidas e sarcásticas retratando o cotidiano adolescente em toda sua essência – que é desprovida de qualquer preocupação que não a de “pegar mulher”-, em “Outro Mundo” as melodias eram mais bem trabalhadas e as letras românticas, retratando amores perdidos e conquistados.

Quem escuta pensa: houve uma evolução na banda, os integrantes cresceram, pararam de usar palavrões e algumas expressões de baixo calão nas músicas e ficaram mais “calmos”. Resumindo, amadureceram. Mas uma evolução deste tipo pode trazer muitos problemas: os antigos fãs mais ortodoxos queriam saber era de barulho, de agitar, de pular e mandar todo mundo para aquele lugar. E, naturalmente, ficam brabos com a “romantização” das letras, porque de letras exaltando os amores perdidos já se têm tanta banda e artista por aí fazendo, para que mais uma, e justamente uma de que eles antes gostavam?

Por outro lado, os integrantes da banda não sentiam mais a antiga necessidade de falar do seu cotidiano sem preocupações para todo mundo porque, inclusive, o cotidiano mudou: agora havia a faculdade com o que se preocupar, as namoradas a se agradar, uma profissão futura a se almejar. E era justamente nesta encruzilhada que a Lactuca Sativa se encontrava: conquistou a maior parte dos fãs com um punk/pop vigoroso e grudento, fiel na sua essência tosca de retratar a juventude, mas continua na estrada com um outro estilo, que tem um nível de exigência muito maior e que, também, necessita daquele algo mais para poder sobreviver no mercado. Só que esse algo mais não é nada fácil de se obter.

Leonardo Foletto



...É Pra Comê ou Prá Levá? (2001)












01 - Gasolina
02 - É Todo Dia Assim
03 - Não Me Deixe Aqui
04 - A Noite
05 - Tarde Demais Pra Nós Dois
06 - Poodle Rosa
07 - Pura Bucha
08 - Adeus
09 - Dedo Duro
10 - Lactuca
11 - Para Não Voltar
12 - Jaburu
13 - O Que Fazer
14 - A Mina Do Cachorro Quente





Outro Mundo (2004)












01 - Som de Verão
02 - Velho Vinil
03 - Até O Fim
04 - Lucia
05 - Altas Horas
06 - Linda História
07 - Volta Pra Mim
08 - Passe Bem
09 - Sonho Bom
10 - Menina de Verão
11 - Não Vá
12 - Outro Mundo
13 - Só Minha






Grandes discos do Rock Gaúcho 20


Pois não é que chegou o "Volume 20" da coleção!!! Vamos direto ao assunto:

O Rock Gaúcho é cultuado por todo o tipo de gente no Brasil inteiro. Brasília, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades veneram alguns dos artistas de Porto Alegre. O romântico Frank Jorge, o surrealista Plato Divorak e Júpiter Maçã, com sua poesia psicodélica, são grandes ícones do rock feito no sul. No entanto, engana-se quem pensa que a genialidade está restrita aos compositores mais conhecidos. Muitos instrumentistas também são responsáveis pela clássica sonoridade da região.

Um dos grandes exemplos é o guitarrista Beto Nickhorn e sua inseparável Rickenbacker. Ele começou a tocar na cena no final da década de 80, e em pouco tempo ganhou fama com suas guitarras influenciadas por rock inglês. Além de ser beatlemaníaco assumido, Beto foi um dos primeiros a levantar a bandeira MOD na cidade, com franjinha a lá Paul Weller e presença de palco matadora, no melhor estilo Pete Townshend.

Particpou de bandas como Dellips, Lovecraft, Plato Divorak & os Shazans, Plato Divorak e os Analógicos, Wander Wildner, She´s OK e Hipnóticos. Sua primeira banda a atingir sucesso local foi o Lovecraft, formada em parceria com o cantor Plato Divorak. Algumas canções do grupo tornaram-se hinos do Rock Gaúcho, como "Amônia" e "Mulheres Executivas". A sonoridade bizarra, com influências sixties, além de outros barulhos era a marca registrada do Lovecraft.

Outro grupo a se destacar na cena foi o trio Hipnóticos, completado por Marcelo Gross (bateria) e Júlio Cascaes (baixo e voz). O grupo mod lançou o cd "Garage Laboratorium" em 2001 com diversos hits influenciados por Kinks, Who e algumas garageiras Nuggets. "Johnny Dilema", composição de Beto, abre o cd com um punch incrível.

Atualmente, Beto Nickhorn se dedica à carreira solo, com apoio d'Os Caras com um cd gravado intitulado Beto Nickhorn Os Caras de 2005. Disco este, que mantém a sonoridade mod, mas apostando em um lado mais brasileiro, com influência de Ira!, Charts e até Jovem Guarda...

LeonardoBomfim

Talvez este possa ser considerado o melhor disco de estréia que jamais foi produzido por qualquer banda do Universo. As 18 faixas de Coisa de Louco II são o supra-sumo concentrado e aperfeiçoado da chinelagem adquirida no bairro Bomfim de Porto Alegre e disseminada psicodelicamente em papeletes de jovem guarda underground cuidadosamente mesclada com música regionalista gaúcha e pitadas de rock'n roll gringo dos anos sessenta.

Formada por Frank Jorge, Marcelo Birck e Alexandre Ograndi em 1987, a Graforréia Xilarmônica tornou-se cult em Porto Alegre em função de uma fita demo lançada em 1988 chamada “Com Amor, Muito Carinho”, que acabei conhecendo graças ao meu amigo Fabiano Carvalho, colega de faculdade, em 1994, um ano antes do lançamento de Coisa de Louco II, já com o guitarrista Carlo Pianta no lugar de Marcelo Birck.

Começando por "Literatura Brasileira" e a guitarra cítrica de Carlo Pianta, passando pelo baixo estonteante de Frank Jorge em "Bagaceiro Chinelão" – que perpassa na verdade todas as músicas do disco, e é uma das marcas registradas da Graforréia - , chegando, ainda no começo do disco, no hit "Você foi Embora", que acabou virando videoclip e tocou bastante na MTV Brasil o disco não conta com pontos fracos. O gosto pessoal de cada ouvinte pode levá-lo a dizer: as minhas preferidas são "Empregada", "Nunca Diga", "Amigo Punk" e "Rancho" ou então, Nááá, eu prefiro, "Tive Teu Nome", "Minha Picardia", "Denis", "Se Arrependimento Matasse" e "Eu Digo 7"; ainda, um vivente sentado lá no fundo da sala manda um bilhete dizendo que suas preferências recaem mais por "Grito de Tarzan", "Patê", "Twist", "Hare", "Benga Velha Companheira" e "Se Você Não Quis".

Um disco que não cansa de tocar na minha vitrola. Só fico preocupado com o fato de, se ele realmente gastar, como vou encontrar outro, já que está esgotado nas lojas? Acho que preciso me agilizar e providenciar uma cópia de segurança...
Rafael Reinehr


A Severo em Marcha foi fundada em janeiro de 2007, quando integrantes de duas bandas de Passo Fundo, já instaladas em Porto Alegre resolveram se unir. Dali para frente, o que buscaram Ricardo Sabadini, Gustavo Chaise, Reynaldo Migliavacca e Edu Meirelles foi o encontro de um som extraído de diversas vertentes, sem compromissos com épocas, estilos ou ídolos, mas tão somente com o bom, velho e sempre reinventável “rock and roll.”

Fácil de falar, nem tão simples de executar. Esta foi uma jornada de mais de 365 dias que exigiu da banda horas em estúdios, intermináveis ensaios, noites que se tornaram madrugadas, referências pinçadas de livros, discos, amigos e muito mais. O fato é que hoje, o resultado desta experiência está ao alcance dos seus ouvidos: depois de um ano de muito trabalho a Severo em Marcha orgulha-se de apresentar seu primogênito, o álbum de número um da banda, intitulado O Tempo é Quando Eu Quero.

Oito músicas e tantas histórias contadas e cantadas sob diferentes pontos de vista. O primeiro disco, além de traduzir o que é o coração pulsante da banda, conta também um pouco do que é a história atual deste tal “rock gaúcho”. Para que este projeto deixasse de ser intangível e se tornasse o álbum que é hoje, muitas das mãos mais preparadas do nosso estado trabalharam, fazendo do tempo algo que acontece quando se quer. Por isso, cada canção que você escutará terá uma cor relacionada ao estilo de cada um dos produtores que vieram com a banda até aqui.

Produzido por Ray Z; Paulo Arcari; Luciano Leães; Alexandre Birck; Duca Leindeker; Lúcio Dorffman; Iuri Freiberger; Vini Tonello e Luciano Albo e masterizado no estudio Casa Elétrica, do Leonardo Brunelli e Vini Tonello...

Voltando um pouco no tempo, mais precisamente em 1998, temos outro grande disco, este uma compilação de músicas consideradas clássicas do rock gaúcho. Em comemoração ao seu debut a Bandaliera lança 15 Anos com produção de Paulo Casarin, gravado no estúdio Tec Audio e bancado pelo Funproarte. A formação contava a época com Alemão Ronaldo nos vocais, Fábio Ly na Bateria, Os irmãos MAx e Alex Lima nas guitarras e João Guedes no contrabaixo. O disco é recheado de participações especiais como Luis Carlini, Chico Ferretti, Zé Flávio, Pedrinho Figueiredo, Edinho Espínola, Júlio Rizzo, Ricardo "King Jim" Cordeiro, entre outros.

Os covers incluem versões para Joe, TNT, Nei Lisboa, Garotos da Rua, Bixo da Seda, Taranatiriça e algumas versões de músicas da própria Bandaliera. Simplesmente imperdível...

Papel de Mau é o terceiro álbum de estúdio da banda Os Replicantes, a maior banda de Punk cantado na língua de Camões. Contando com Luciana Tomasi (produtora da banda desde o início) nos teclados e backin vocals para dar mais "substância" as harmonias do grupo, é o último lançamento com a formação clássica.

Após dois shows de divulgação, Wander Wildner sai da banda para seguir carreira solo. O baterista Carlos Gerbase vai para o front e se torna o vocalista da banda. O amigo Cleber Andrade, também baterista dos Cobaias, assume as baquetas do grupo.

O vinil trás vários "hits" da banda, entre eles "Só Mais Uma Chance", "Minha Vizinha", "Negócios à Parte", "Problemas", "Fankestein Bonito", "Papel de Mau" e "Falsificação", ou seja o disco é quase uma coletânea de grandes sucessos dos imortais Replicantes...

Seguindo com os que não trairão o movimento e seguirão usando coturnos temos outro ícone do punk nacional, os Pupílas Dilatadas e o bom Planeta estranho, lançado em 2003, a banda já está com 23 anos de estrada. A formação neste cd era Phillip Ness (guitarra), Rogério Pirulin (bateria), Fernanduz Cavur (baixo) e Deni Daniels (vocal). Participações Especiais: Astronauta Pingüim, André Luciano e Marcelo Moreira.

O disco conta na verdade com 21 faixas, mas nem Deus sabe de sairam as onze faixas bônus, ouça e curta os petardos...

Ex-integrante da banda Defalla, Flávio Santos, o Flu apresenta seu segundo cd No Flu do Mundo, seu mais recente trabalho, lançado pelo Selo Instituto/YB. O repertório reúne músicas como “O Rei do Mundo”, “Flutune”, “Cidra e Cigarrinho” e “Jet”, além de versões para canções de Mutantes, Minie Riperton e Defalla.

Uma alma rockeira que descobriu a paixão pela MPB – Flu começou sua carreira tocando em bandas de garagem na cidade de Porto Alegre. Em 1986, ingressa na banda Defalla, uma das mais cultuadas do Brasil até hoje. Com o Defalla, Flu gravou seis discos, excursionou o Brasil todo chegando a tocar em eventos como o festival Hollywood Rock, em 1993, ao lado de Red Hot Chili Peppers, Nirvana, entre outros.

Em 1999, já fora do Defalla, Flu lançou pela gravadora Trama seu primeiro disco solo, intitulado "...e a alegria continua", fazendo fusões com música eletrônica, bossa nova, psicodelismo e rock´n roll. Para divulgar esse disco Flu pegou a sua guitarra e montou a sua banda, Os Dubem. Em 2001 participou do "Comp" CD da Muquifo Records com duas músicas "Suellen" e "Volache".

“O rock foi minha escola. Aprendi a gostar mesmo de MPB depois de velho, quando comecei a ouvir bastante MPB instrumental dos anos 60, tipo Miltinho, Oscar Castro Neves, Soul Bossa Trio, Tamba Trio, etc.” conta Flu. O compositor também se destaca por trabalhos como os remixes para artistas como Otto, Bidê ou Balde, Nervoso e filmes como “Cidade de Deus”...

Arthur de Faria & Seu Conjunto é um grupo de Porto Alegre, onde se misturam as culturas brasileira, uruguaia e argentina. E é essa exatamente a orientação estética do grupo, quer em seu trabalho vocal, quer em seus projetos instrumentais.

Misturar linguagens da música folclórica dos três países com improvisações coletivas que podem remeter ao jazz ou à música contemporânea, mas estando também aberto ao rock, ao pop, e mesmo aos folclores imaginários de regiões tão distantes (desde onde estamos) quanto os Bálcans, as valsas vienenses, as polkas tchecas...

A isso se somam os tangos, milongas, valsas brasileiras, sambas, zambas, mas também o fox-trot, o beguine, o bolero. Ritmos antigos revistos com uma ótica contemporânea que não é a do pop, mas sim a da invenção, espalhada por seus quatro CDs: Música pra Gente Grande (Núcleo Contemporâneo, 2001), Flicts (Allegro, 2007), Meu Conjunto Tem Concerto (Barulhinho, 2002) e Música pra Bater Pezinho (Yb, 2005).

Seus sete músicos tem formações totalmente diversas que resultam num approach coletivo que torna a sua sonoridade tão cheia de peculiaridades: o primeiro-fagote (Adolfo Almeida Jr) e um dos percussionistas da sinfônica local (Diego Silveira), fervorosos praticantes de música contemporânea e improvisada, o primeiro-trombone da mesma orquestra (Julio Rizzo), camerista mas também líder de um grupo de folk-jazz, um saxofonista totalmente jazzista (Sérgio Karam), também autor de guias do gênero, um guitarrista 100% rock (Marcão Acosta), e um baixista/contrabaixista (Clovis Boca Freire) que está entre os instrumentistas mais solicitados do sul do País, em todas as áreas.

No piano, voz e composições, Arthur de Faria, autor de dezenas de trilhas sonoras para cinema e teatro, compositor premiado, professor de história da música brasileira, produtor de discos, autor de livros e ensaios sobre música popular e arranjador solicitado por várias orquestras locais.

Gravado, Montado e Mixado por Gustavo Breier, Tiago Becker e Renato Alscher, na Tec Audio – Porto Alegre, RS - entre dezembro de 2001 e abril de 2003. Vozes de Arthur (na Oração), Cida Moreira e o sax e voz de Maurício Pereira gravados em julho de 2002, no Estúdio Zabumba - São Paulo, SP -, por Marco Nogueira. Voz da Fernanda Takai e guitarra do John Ulhôa gravados no estúdio 128 japs – Belo Horizonte, MG –, por John, em março de 2003. Algumas mixagens foram feitas por Cacá Lima, na Yb – São Paulo, SP...

A Desvio Padrão iniciou suas atividades em 2004, na cidade de Taquara, quando os amigos Ricardo, Marat e Flávio resolveram tocar os clássicos de rock que cresceram ouvindo. Logo ficou evidente a facilidade para as composições próprias, e que estas poderiam render bons frutos. Como influências de seu som, a banda destaca AC/DC, The Smiths, Oasis, passando por grandes nomes como The Doors, Stones, Beach Boys, Beatles e Barão Vermelho.

Seu disco de músicas próprias, gravado em 2007, tem 10 músicas (mixado e masterizado por Vinícius Tonello, da Rosa Tattooada, produtor do Reação em Cadeia, Papas da Língua, Armandinho, Acústicos e Bidê ou Balde). Dentre elas destacam-se os rocks Novas Guerras", "Velhas Invenções" e "Agora é Tarde", a pegada blues de "Aquele Tempo" e as baladas "Ouvi Dizer" e "Ponta Cabeça". Hoje a formação conta com Ricardo Carniel (voz e violão), Fábio Fischer (guitarra), Marat (baixo), Flávio Gonzalez (teclado e guitarra), Guilherme Costa na bateria...

Você já ouviu falar de uma banda que tenha andado 320 km a pé, para tocar num festival de rock? Esta é a Inseto Social, formada em janeiro de 1998 por Flamarion Rocha (guitarra/vocal), Márcio Garcia (bateria), Alex Ferraz (guitarra) e Giovani Kovalczyk (baixo) com o objetivo de se divertir e fazer som próprio. Influenciados por: Nirvana, Pixies, Neil Young e rock alternativo.

Em janeiro de 2000, a banda realiza, então, sua já conhecida façanha e caminha 320 km a pé de Santa Maria à Porto Alegre para divulgar seu trabalho e conseguir um espaço no maior festival de música do sul do país, o Planeta Atlântida, naquele ano em sua 5ª edição. Depois de 11 dias na estrada, dormindo na beira da estrada e tocando rock n’ roll em cada posto de gasolina do caminho, a banda foi convidada para tocar nos dois dias do festival, aparecendo em diversos setores da mídia do sul do país, além de participar do Programa Suor MTV com a VJ Sabrina Parlatori.



No 1° semestre de 2000, a banda grava e lança seu 1° CD, intitulado apenas de Inseto Social. Nas onze músicas do cd, a Inseto despeja uma avalanche de energia punk rock, hardcore, referências grunge, influências de rap em músicas como "Sinais dos Tempos" e "Hardcore Tio Bilia", além de um pé no rock gaúcho. O cd consolida o nome da Inseto na cena roqueira do interior do RS.

Em 2002, lança o EP Ed Wood Nunca Ganhou Um Oscar. O ano de 2004 marca a saída de Alex Ferraz, um dos integrantes fundadores da banda. Em seu lugar entra Vitor Cezar, um guitarrista com passagens por bandas de blues, rock psicodélico e rock setentista. Tais influências fecham com o pensamento da banda de incorporar elementos sessentistas e setentistas no som. Atualmente, a banda trabalha em canções novas...

E para fechar a edição a ótima coletânea Segunda Sem Ley lançada em 1994 pelo finado selo Banguela Records dos Titãs...


Beto Nickhorn & Os Caras - Beto Nickhorn & Os Caras (2005)













01 - Quero Me Divertir
02 - Tudo Vai Mudar
03 - Adeus As Ilusões
04 - Não Vou Me Estressar
05 - Pessoas Estranhas
06 - Será Que Um Dia Eu Vou Crescer
07 - Entre A Dúvida E A Razão
08 - Dialogos
09 - Você Já Pode





Graforréia Xilarmônica - Coisa de Louco Dois (1995)













01 - Literatura Brasileira
02 - Bagaceiro Chinelão
03 - Você Foi Embora
04 - Tive Teu Nome
05 - Grito de Tarzan
06 - Empregada
07 - Minha Picardia
08 - Patê
09 - Twist
10 - Amigo Punk
11 - Nunca Diga
12 - Hare
13 - Denis
14 - Benga Velha Companheira
15 - Se Arrependimento...
16 - Eu Digo 7
17 - Se Você Não Quis
18 - Rancho





Severo em Marcha - O Tempo é Quando Eu Quero (2009)













01 - Sem Pressa
02 - Uma História Pra Contar
03 - Outros Versos
04 - Bad Love (Yes, I Feel A Bad Love)
05 - Richard Gere
06 - Quem Será
07 - Você Pode Se Perder Por Aí
08 - O Tempo É Quando Eu Quero





Bandaliera 15 Anos (1997)













01 - Me Leva Pra Casa
02 - Nao Sei
03 - Mônica Tricomônica
04 - Azulado
05 - Nada Ficou No Seu Lugar
06 - Sabe O Que Acontece Comigo
07 - Fazê Um Bolo
08 - Fenix
09 - Beijo Vulgar
10 - Um Amigo
11 - Voz de Prisão





Os Replicantes - Papel de Mau (1989)













01 - Só Mais Uma Chance
02 - Minha Vizinha
03 - Negócios à Parte
04 - Inverno Sombrio
05 - Problemas
06 - Entrei no E.B.
07 - Frankestein Bonito
08 - Papel de Mau
09 - Paredes
10 - Falsificação
11 - Da Lata
12 - Outro Lugar





Pupilas Dilatadas - Planeta Estranho (2003)













01 - Nada Para Fazer
02 - Michet Na JB
03 - Violência
04 - Virose De Rock
05 - Dunga Boy
06 - Love Hard Core
07 - Planeta Estranho
08 - Necrofilia
09 - Egomecanóide
10 - Militar Não!





Flu - No Flu do Mundo (2003)













01 - Flutune
02 - Cidra e Cigarrinho
03 - Costa Quente
04 - Rei do Mundo
05 - Também
06 - A Vez do Brasil
07 - Madrecita
08 - No Flu do Mundo
09 - Nortche
10 - Vinet San
11 - Bobo Alegre
12 - Enxao Xa
13 - Dia de Chuva





Arthur de Faria e Seu Conjunto - Música pra Bater Pézinho (2005)













01 - Um Teco-Teco Amarelo em Chamas
02 - As Coisas da Casa
03 - BR-0
04 - Breve Oração de Virada do Ano
05 - Suíte do Estrangeiro II
06 - Milonga da Moça Gorda
07 - Suíte do Estrangeiro I
08 - Revisitação
09 - Será Que É Isso Que Eu Necessito
10 - Sexo na Cabeça
11 - Tu e Eu - II, a Omissão
12 - Um Tango
13 - Xote Sem Saco
14 - Polka Pula





Inseto Social - Inseto Social (2000)













01 - Hardcore Tio Bilia
02 - N
03 - Fazê O Quê
04 - A Camisinha Furô
05 - Flores Para Os Mortos
06 - Fumo E Vortêmo
07 - Sinais Dos Tempos
08 - Peixes Voando Em Direção Ao Aquário
09 - Inseto Social
10 - 5 Pila
11 - Mariajuana Villa





Vários - Segunda Sem Ley (1994)













01 - Maria do Relento - Síndrome de Dal
02 - Colarinhos Caóticos - Ophó is dead
03 - Smog Fog - Meu sertão
04 - Los Fantomas - Catuaba's Limbo
05 - Júpiter Maçã - Orgasmo Legal
06 - Walverdes - Kikito aos Medas
07 - Tarcísio Meira's Band - Padre Hell's
08 - Pietá - Môrra
09 - Tequila Baby - Malandro do Bomfim
10 - Barba Ruiva e os Corsários - De Novo (Vagabunda)
11 - Aristóteles de Ananias Jr. - Bico de Pato
12 - Benedyct - Soul Sexy
13 - A Fúria - Não dá Nada
14 - Space Rave - Kill Summertime
15 - Academias Xiquérrimas - Underwater
16 - Cowabunga!!!! - Will Eisner
17 - Non Sense - Perversions
18 - Crushers - Music About Music






Hystórias do Mutuca - Os baixistas do Alphagroup 3 - Falcetta


Caro amigo RamonR...

Volto para concluir a história dos três baixistas do Alphagroup já falecidos, focando o meu primeiro parceiro de banda, Falcetta.

Carlos Paim Falcetta nasceu no dia 13 de setembro de 1948, em Porto Alegre, filho de Carlos Silveira Falcetta e Terezinha Paim Falcetta. Moravam na avenida João Pessoa, perto da avenida Ipiranga. Ali, por intermédio do amigo em comum Mario Vitor Niedersberg (meu colega de aula no Júlio de Castilhos), nos conhecemos. O gosto pelo rock nos aproximou, falávamos sobre as bandas britânicas e americanas, e ele havia montado um grupo musical chamado Os Incógnitos, com amigos da vizinhança (Flávio Leite e Felipe Oliveira), tocando guitarra base.


Mutuca e Falcetta em 1966

Convidado a assistir uma festa à beira da piscina do Grêmio Náutico União, em que eles fariam o show, na hora da apresentação pedi ao Carlinhos para tocar uma e cantar (eu nunca havia participado de uma banda). Ele desceu do palco e me passou sua guitarra Sonic Gianninni vermelha. Subi empunhando o instrumento e corajosamente comecei a tocar e cantar (pela primeira vez em público e sem ensaio) o sucesso do momento, Hang On Sloopy.

A partir desse encontro, passei a acompanhar o grupo e esporadicamente cantava uma nos shows. Com a volta às aulas em março de 1967, e a impossibilidade do baixista Antolin Carvajo de continuar a tocar, entrei definitivamente para a banda, como vocalista, passando o Carlinhos para o baixo, o Flávio para a guitarra base e o Mola (Nelson Ferrão, vindo da banda The Handsomes) para a guitarra solo.

Os IncógnitosOs Incógnitos

Assim formamos o Alphagroup que estreou em Caxias do Sul, na boate Kon-Tiki. Voltando a Porto Alegre, tivemos novos problemas com os estudos. Flávio e Felipe saíram, sendo substituídos por Eco Alvares (base) e Jorge Buz (bateria). Com essa formação participamos de vários shows em clubes (Clube Lindóia, Grêmio Náutico Gaúcho), salões de baile (Clube Dinamite), boliches (Boliche St. Tropez) e boates (Kon-Tiki e La Cage, em Caxias).

Nossas apresentações tinham uma grande aceitação, pois apresentávamos as músicas na versão original, não fazíamos as versões em português. Quando terminava o show, eu e o Carlinhos éramos cercados pela platéia feminina e, na hora de embarcar na Kombi e voltar, fazíamos uma contagem: quem deu mais autógrafos....ahahahahah...

Numa apresentação no GN Gaúcho, dividimos o palco com The Brazilian Bitles e o Som 4.

Cartaz de show na SOC (Sociedade Libanesa)

Em dezembro daquele ano fizemos nossa última apresentação, na Sociedade Libanesa, onde dividimos o palco com os Coiner’s e os Dragon’s. A atração especial era a banda uruguaia The Inocents.

Com as festas de fim de ano, nosso grupo ficou desativado e não voltou mais. Carlinhos se dedicou aos estudos e passou no vestibular para Jornalismo, junto com o Mola. Eu não passei no vestibular de Arquitetura e acabei por montar a banda Succo.


Alphagroup (agosto - 1967)

Carlinhos tinha a expectativa de se tornar um grande jornalista, mas, na madrugada de 6 para 7 de junho de 1971, dirigia seu Volkswagen, levando a namorada Irma, quando um DKW na transversal bateu violentamente fazendo o Volks subir a calçada e bater num muro.

Carlinhos foi lançado para fora e a namorada bateu contra o para brisa. Não havia a obrigatoriedade para cinto de segurança, nem air-bag, na época. Carlinhos bateu com a cabeça no chão e ficou em coma por 12 horas, até falecer na tardinha do dia 7, aos 22 anos de idade.


Alphagroup (outubro - 1967)

Aqui presto uma homenagem a quem foi o iniciador de minha carreira musical, saudoso Carlinhos Falcetta, o Pelanca.

Obrigado pela oportunidade...
Abraços
Muts

Carteira da OMB (ordem dos Músicos do Brasil) de Carlinhos (1967)


*Leia os "capítulos" anteriores:

Os baixistas do Alphagroup 2 - Flávio Chaminé
Os baixistas do Alphagroup 1 - Mitch Marini

Visite o blog do amigo MUTUCA:

HOT CLUB DO MUTUCA





Pimenta Buena

Num momento em que a integração latino-americana toma força através da música, surge, em Pelotas, a Pimenta Buena. Caracterizada pela forte poética hispânica e a notável silhueta do seu instrumental, a banda aparece na cena world vestida de jazz e provida de pop, numa interessante troca de bagagens culturais.

Composta pelos brasileiros Daniel Finkler, João Corrêa e André Chiesa, mais o reforço do uruguaio Vicente Botti (baixo, guitarra, bateria e vocal, respectivamente) e misturando a sensibilidade da música brasileira e a rusticidade do país vizinho, criam um gênero indefinido que divaga entre o poprock, a música latina e o funk dos anos 70, aproximando-se assim, de um público ecléltico e destacado, composto por diferentes faixas etárias.

Num presente fugaz, como sua ascendência em meio à cena regional, produzem, ao mesmo tempo, três projetos, um compacto inédito em estúdio, já em fase de pré-lançamento, o segundo cd com produção prevista de Duca Leindecker, e um dvd ao vivo.

O lançamento do primeiro cd da banda aconteceu na primeira semana de maio de 2009. Entre outros projetos concretizados, a Pimenta Buena foi objeto de um documentário cinematográfico produzido por Moviola Filmes, que envolve, além da recente história da banda, a relação e a influência dessa mistura de culturas...

Picante pero sabroso, assim como no trecho de Llorona, da trilha sonora de Frida Kahlo, o trabalho da Pimenta Buena envolve a sensualidade e a sofisticação das músicas latina e brasileira; criando em cima de uma sonoridade harmônica e agressiva, fortes melodias que não deixam de perder a ternura jamais.

Donos de um virtuosismo vanguardista e com diferentes influências musicais em cada bagagem, entenda Drexler; Aznar; Jamiroquai; Seal; começaram apresentando-se na cena local de Pelotas, onde residem, e a cada show, se preocuparam em agradar públicos diferentes, que aos poucos, ajudaram a idealizar sua própria identidade.

Com apenas um ano de formação entraram em estúdio para a gravação do seu primeiro compacto de músicas inéditas, que se divide entre baladas contemporâneas e grooves eruditos, que textualizam, incessantemente, o ecletismo da banda.

Durante sua pequena e recente história se apresentaram algumas vezes pela cidade causando forte impacto e sensibilidade musical; espalharam pelo rádio algumas faixas de testes em estúdio; divulgaram alguns vídeos independentes de surpreendente e expressiva aceitação na internet; e conseguiram, precocemente, seduzir ainda mais essas pessoas, e envolver, por sua vez, artistas de forte influência no meio artístico local.


Conheça a mistura de sons que esta dando o que falar, faça o download com exclusividade aqui no Durango:

Pimenta Buena (2009)













01 - La Hija de La Fortuna
02 - La Duena de La Calle
03 - Entre dos Soledades
04 - Carneavale
05 - Fogata
06 - Tal Cual
07 - Un Poco de Tu Miedo
08 - Lo Mejor y Lo Peor
09 - Ya se Fu

 
RamonR