Maçã Show - Júpiter Maçã entrevista Wander Wildner





Nei Lisboa faz série de shows no Renascença


O Vapor da Estação de Nei Lisboa chegou ao verão. O cantor e compositor abre hoje uma série de quatro shows no Teatro Renascença, sempre às segundas-feiras, às 21h.

A temporada de verão leva o sugestivo nome Neilispoa – e, em sua segunda edição, pretende se tornar tradição nos meses de calor na cidade. Este ano, o mote é o espetáculo Vapor da Estação, apresentado em nove cidades de diferentes regiões brasileiras no segundo semestre de 2010.

– O verão é sempre um momento de baixa de shows para mim. Meu repertório não é muito praiano – brinca Nei. – Por mim, (a temporada) deve se repetir todos os anos.

Com Paulo Supekovia (guitarra e violão), Luiz Mauro Filho (piano e teclado), Giovanni Berti (percussão e bateria) e Clovis Boca Freire (baixo acústico), Nei revê em 90 minutos uma boa parte de seus sucessos, especialmente dos álbuns mais recentes. Uma curiosidade é a música E a Revolução (do disco Cena Beatnik, de 2001), que fala da resistência ao regime militar e foi incluída no roteiro como “homenagem à presidenta do Brasil”.

TeNenTe Cascavel & Júlio Reny - Lobo da Estepe - Bar Opinião - dezembro 2010

Geraldo Flach, Um mestre do improviso

* Por Arthur De Faria


Geraldo Flach, nascido em Porto Alegre, no dia 6 de agosto de 1945, tinha apenas 16 anos quando, em 1961, entrou pro Renato & Seu Conjunto. Renato queria incrementar seu conjunto melódico com um vibrafone, o instrumento por excelência daquela sonoridade. E foi nele que o já então pianista estreou nos palcos. Se saiu tão bem como menino prodígio que, neste mesmo ano, foi contratado para ser a estrela do programa Um Piano em Destaque, da Rádio Difusora. Em programas desse gênero – um pianista sozinho tocando no estúdio – já havia despontado, uma década antes, Norberto Baldauf, na Gaúcha. Com o adolescente Geraldo não foi diferente.

Afinal, ele era o primeiro exemplar de pianista surgido depois do nascimento da Bossa Nova e da consagração do samba-jazz. Mesmo com a formação de quem estudou clássico desde os cinco anos por influência da mãe pianista, sua praia era o popular. Resultado: com 18 anos, era um nome consagrado no cenário local. Tinha até seu próprio programa de TV, na Piratini – onde tocava em trio, com contrabaixo e bateria.

Em 1964, ganhou o prêmio de melhor solista do insólito 1º Festival de Jazz e Bossa Nova de Tramandaí. O encontro era organizado pelo radialista Glênio Reis e estrelado por uma Elis Regina às vésperas de embarcar para o Rio. Pois esta mesma Elis vai ser a intérprete de Geraldo na canção Um Novo Rumo (parceria com Arthur Verocai) no 1º Festival Universitário de MPB, promovido pela TV Tupi do Rio.
Só que aí Geraldo se formou em engenharia e resolveu abandonar a música. Promessa cumprida comprida: longos anos.

Só volta em 1976, quando cria a produtora de áudio Plug (uma das maiores do Estado, por 25 anos). Pra, logo em seguida, 1978, assumir a direção artística da efêmera Gravadora ISAEC. Aí foi inevitável.

Entra 1980 decidido a mudar de vida, e o símbolo disso é seu primeiro disco solo, o independente Alma. Lançado em 1981, no LP luziam o baterista Fernando Pezão – hoje na banda pop Papas da Língua – e o contrabaixista Clóvis Boca Freire. A partir daí, passa a montar, mais do que shows, espetáculos instrumentais – conceito, aliás, poucas vezes desenvolvido em todo o país. O primeiro é Voz do Brasil, grande produção com cenários, figurinos, roteiro, e envolvendo uma equipe de 33 pessoas, das quais 11 eram músicos no palco.

Começa então a trabalhar intensamente com trilhas para teatro, cinema, TV e dança – com dezenas de prêmios e trabalhos marcantes, como no histórico curta Ilha das Flores, de Jorge Furtado. Lança discos regularmente: a Alma se seguem Momento Mágico (Som Livre/RBS, 1985), Piano (RGE, 1990), Geraldo Flach & Luiz Carlos Borges (Velas, 1992, em dupla com o acordeonista, violonista, cantor e compositor regionalista gaúcho), Tom Brasileiro (Velas, 1993), Interiores (Velas, 1995), Atitude (RGE/RBS, 1998), Piano Azul (independente, 2000) e Meu Piano (independente, 2004).

Nove discos que se revezam entre trabalhos arranjadíssimos, com banda e até orquestra, e piano solo, algumas vezes totalmente improvisado. Em todos, a marca de um pianista de técnica exuberante, mão esquerda ágil, harmonias por vezes surpreendentes e uma originalidade na criação espontânea que foge dos clichês jazzísticos para construir por vezes peças quase eruditas, quase impromptus, como diria Liszt.

Como compositor de canções – atividade mais rara em sua vida – é um dos tantos gaúchos selecionados para o MPB Shell 1981, com Estamos Aí (letra do poeta Luiz Coronel) e também para o Festival dos Festivais (1985), da mesma Rede Globo, com uma parceria com Jerônimo Jardim, Pátria Amada.

Comprovada a tese de que a vida começa aos 40, foi a partir daí que passou a dividir shows e CDs com artistas tão diversos como seu amigo de longa data Ivan Lins, mais Nana Caymmi, Luiz Carlos Borges, Borghettinho, a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro ou o quarteto argentino de saxofones Los Cuatro Vientos. Seus shows totalmente improvisados, ao lado dos percussionistas Djalma Corrêa e/ou Fernando do Ó, fizeram o delírio de quem o assistiu criando, durando hora e meia, música espontânea sem nunca ficar chato, cabeça ou aborrecido.

Além desses encontros, passou suas últimas duas décadas liderando dream teams locais: o Geraldo Flach Quarteto (ele ao piano, Ricardo Arenhaldt na bateria, o paulista Evaldo Guedes – substituído pelo gaúcho Ricardo Baumgarten no baixo e o velho amigo Fernando do Ó na percussão –, depois Giovanni Berti). Depois um trio, com os dois Ricardos. Por fim, quarteto novamente com o guitarrista Paulinho Fagundes. E muitos, muitos encontros memoráveis com Renato Borghetti, Frank Solari, variadas orquestras e a Banda Municipal de Porto Alegre.

Geraldo era, e já há algum tempo, um dos maiores nomes da música instrumental no país. Ainda que, como muitas vezes acontece, o país não se desse conta. Mas quem já o assistiu lotar algum teatro em Buenos Aires, tocando para um público delirante, exigindo muitos bises, sabia o quanto ele podia incendiar uma plateia.

*Músico e jornalista

Tonho Crocco - Gangue da Matriz

Pampa Rock

No mês de janeiro o Sesc Vila Mariana em São Paulo promove o projeto “Pampa Rock” que traz  bandas de rock do Rio Grande do Sul que se destacaram no estado e acabaram alcançando notabilidade em todo o território nacional pelo trabalho desenvolvido na década de 1980.


Apocalypse

SESC Vila Mariana
Dia(s) 07/01
Sexta, às 20h30.

Comemorando 25 anos de existência, a banda de rock progressivo traz um repertório composto por alguns clássicos, como 'Cut', 'South America', 'Refuge', 'Crying For Help', 'Blue Earth', além de faixas que fizeram parte do disco 'Live In USA' (2001) e composições do mais recente disco de estúdio, 'The Bridge Of Light' (2008). Com Gustavo Demarchi (vocal e flauta), Ruy Fritsch (guitarra), Magoo Wise (baixo), Eloy Fritsch (teclados) e Fábio Schneider (bateria). Auditório.Venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 26/12.


R$ 12,00 [inteira]
R$ 6,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino]
R$ 3,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]


Os Replicantes

SESC Vila Mariana
Dia(s) 14/01
Sexta, às 20h30.

Com 27 anos de estrada, a banda é considerada uma das mais importantes do cenário alternativo brasileiro, misturando punk rock, hardcore e suas vertentes. Neste show, Os Replicantes apresentam clássicos que entraram para a história do rock nacional, como 'Surfista Calhorda', 'Nicotina' e 'Festa Punk', além de músicas de seu novo trabalho, Os Replicantes 2010. Com Julia Barth (vocal e solo), Cláudio Heinz (guitarra e backing), Heron Heinz (baixo e backing), Cléber Andrade (bateria). Auditório. Venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 02/01.


R$ 12,00 [inteira]
R$ 6,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino]
R$ 3,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]


Garotos da Rua

SESC Vila Mariana
Dia(s) 21/01
Sexta, às 20h30.

Formada em Porto Alegre nos anos 80, a Garotos da Rua alcançou sucesso com a canção Tô de Saco Cheio, que tornou-se um clássico do rock gaúcho. Neste show a banda traz as músicas gravadas no último CD Caminho da Estrada (2004) com a versão de 'Canos Silenciosos', do Lobão. Destacam-se também, 'Não Posso Mais', 'Boneco de Mola', 'A Portas Fechadas' e 'Não Dá Mais Pra Ficar', além de composições mais clássicas, que tornaram-se sucesso nacional nos anos 80. Com Justino Vasconcelos (Guitarra), King Jim (voz e saxofone), Cláudio Matos (bateria), Edu Meireles (baixo), Fuinha (guitarra). Auditório. Venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 02/01.


R$ 12,00 [inteira]
R$ 6,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino]
R$ 3,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]


Frank Jorge

SESC Vila Mariana
Dia(s) 28/01
Sexta, às 20h30.

O músico, escritor e compositor Frank Jorge traz um repertório que conta com canções da Graforreia Xilarmônica como Amigo Punk, Nunca Diga e Eu (estas últimas regravadas pelo Pato Fu) assim como, canções dos seus discos solo: Vida de Verdade, Elvis, Prendedor, Cabelos Cor de Jambo e Obsessão Anos 60. A sonoridade dialoga com a forma canção, pensando na estrutura harmônica e duração, mas atira para todos os lados possíveis nos temas propostas nas letras: canção de amor, crítica de costumes, escrachos deliberados e fantasias sobre a redenção da humanidade. Com Frank Jorge (composições, guitarra e voz), Jeison Nascimento (guitarra e voz), Régis Sam (baixo) e Alexandre Birck (bateria). Auditório. Venda pelo sistema INGRESSOSESC, a partir de 02/01.


R$ 12,00 [inteira]
R$ 6,00 [usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino]
R$ 3,00 [trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]

Acústicos & Valvulados - Você Não Vai Gostar

Engenheiros do Hawaii: Maltz questiona volta do trio GL&M

por André Nascimento em 31/12/2010

Defensor durante vários anos da volta do trio clássico GLM, o ex-baterista Carlos Maltz escreveu uma mensagem para o site do fã clube FC ENGRIO (e por tabela aos fãs), onde ele questionava se valia (ou não) uma possível volta da formação clássica da banda e explicava seus motivos numa extensa mensagem que segue abaixo na íntegra:

"Amigos, mais uma vez chegamos ao final de um período de nossas vidas e mais uma vez, a Vida nos sorrí com a possibilidade de re-começarmos as nossas vidas de uma maneira melhor...

2011 está aí, e o que é que eu estou fazendo para merecer o lugar de estar vivo aqui na Terra? sei que muitos dos senhores estão esperando uma volta do trio GLM para 2011, e sei também que muitos dos senhores sabem que durante alguns anos eu fui um advogado fiel e tenaz na defesa dessa tese... consequentemente, sei também que vou receber uma tonelada de e-mails esse ano, me convocando para a peleja... hehehehe... quero que saibam que sempre fico feliz quando recebo e-mails dos senhores, e que procuro sempre, dentro do possível, responder essas mensagens... mas quero agora propor um tema para os senhores refletirem nessa passagem de ano... será que é o melhor mesmo? quero dizer, o GLM se re-unir novamente? sim, eu sei que muitos dos senhores estão pensando: MAS É CLARO!!! ou então estão achando que eu pirei, visto que eu sempre defendi aquela tese... mas, senhores... será? será que é mesmo? vejam, o GLM é algo muito valioso para vocês, tanto é assim que depois de tantos anos passados, vocês continuam aí, esperando essa volta... mas será? será que se voltar, será o que vocês esperam?será que ainda existe o que vocês querem re-encontrar? ou será que essa volta só vai jogar uma névoa sobre algo que está gravado com tanto amor nos corações e mentes de vocês? prá frente é que se anda, senhores... eu acho que vocês devem se sentir honrados por serem fãs de uma banda que em vez de se re-unir de uma forma picareta, só pra ganhar alguns trocados, prefere seguir em frente, se arriscando em projetos novos, inovando sempre, se re-inventando... esses são os ENGHAW que vocês aprenderam a amar... caras corajosos, ousados, que nunca ficaram agarrados ao passado, ao já feito... essa é a herança de vocês, amigos, o que de maior valor nós podemos deixar para vocês... e que é muito mais valioso e honrado do que a gente fazer algum cover de nós mesmos... prá frente é que se anda, senhores... e é isso mesmo o que eu estou procurando fazer em minha vida, e pretendo fazer em 2011... espero que possam compreender... a festa dos 10 anos do fã clube foi muito bacana, e eu me divertí um tanto... sou muito grato pelos convites que venho recebendo esses anos todos... mas não pretendo mais alimentar essa fogueira... o futuro se impõe, o passado não se aguenta... pra frente é que se anda, senhores... que venha 2011 e que saibamos ser felizes... i - nTé+ V :-) C.Maltz."


Maltz, que lançou recentemente o livro "Abilolado Mundo Novo", está compondo para seu terceiro álbum solo - previsto para ser lançado no ano de 2011.

 
RamonR