A Volta dos Mutantes

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A trupe atual
A crítica britânica os chama de "a maior banda psicodélica do mundo", "a resposta brasileira ao Pink Floyd" e "o grupo que estava destinado a conquistar o planeta". E músicos da Grã-Bretanha definem o som dos Mutantes como "bom demais para ser verdade".


Os Mutantes estão na ativa, é o primeiro show em 33 anos de separação com os irmãos Serginho Dias e Arnaldo Baptista e o baterista Dinho. Realizou-se dia 22 de maio no centro cultural Barbican, em Londres, numa segunda feira chuvosa o tão aguardado show de retorno da banda.

No palco
A apresentação ocorreu cercada de expectativas dos antenados britânicos (fãs e músicos), e encerra o evento Tropicália, que teve início em fevereiro deste ano e contou com apresentações musicais, exibição de filmes e uma exposição de artes visuais.

“Os Mutantes têm uma noção de ritmo melhor do que a do pop anglo-americano. Você pode dançar ou assobiar ao som deles. É uma musicalidade que viaja além de qualquer fronteira", disse em entrevista à BBC Brasil o cantor e guitarrista Gruff Rhys, do grupo galês Super Furry Animals. "Nós ouvimos os Mutantes pela primeira vez nos anos 90, quando excursionávamos pelos Estados Unidos. Não sabíamos se era uma banda atual ou antiga. Soava bom demais para ser verdade.”


O grupo tocou todas as músicas mais importantes dos cinco primeiros discos e várias faixas em inglês do álbum Technicolor e conquistou a platéia com seu alto astral – como nos velhos tempos.

A noite começou nervosa com alguns problemas técnicos, o promotor do Barbican, Bryn Ormrod, subiu ao palco, pediu desculpas pelo atraso. Podia-se sentir no ar a eletricidade da expectativa do público – que lotou o Barbican. Não havia um assento vazio.

Mais alguns minutos se passaram, o promotor voltou ao palco e anunciou os Mutantes. O público foi ao delírio, vendo Arnaldo e Serginho entrando, fantasiados e sorridentes.

O grupo abriu com Dom Quixote e Caminhante Noturno, com pequenos problemas no som da guitarra. Arnaldo, à esquerda do palco, sentado aos teclados, Serginho à direita, e, no centro, a ‘novata’ Zélia Duncan, que, no começo, não parecia muito à vontade.

Ela não é Rita Lee, nem tentou ser. Cantou o vocal principal em poucas músicas, serviu como uma presença central feminina no palco, interagindo mais com os músicos da banda do que com o público.

Ninguém gritou “Rita”, Zélia foi bastante aplaudida quando anunciada e Serginho e Arnaldo pareciam se entender muito bem com ela.

A banda, aliás, além de Zélia, Dinho, Serginho e Arnaldo, contou com um tecladista, uma percussionista, um baixista, um músico que tocou teclados, violão, flauta doce, flauta e cello, além de dois vocalistas, um homem e uma mulher, nos backing vocals.


Arranjos originais

Os Mutantes optaram por arranjos originais, substituindo as orquestrações mais complicadas por gravações ou samplers, como em "Dom Quixote", e preservando as harmonias vocais – sempre distintas – um dos pontos fortes do grupo.

Serginho comandou a banda e os vocais e mostrou porque era tido como o maior guitarrista de sua geração em vários solos.

Arnaldo, discreto no teclado e vocais, irradiava carisma e alegria por estar ali. Cantou "Dia 36", que ficou impecável. Mas bom mesmo foi ouvir as vozes de Serginho e Arnaldo, juntas. É como visitar o bairro da Pompéia, São Paulo, em 1969.

À medida que a banda relaxava e ganhava confiança, o público se animava mais ainda.

Mandaram bem em "Ave Gengis Khan", "Desculpe, Babe" (em inglês), "Technicolor", "Virgínia", "Cantor de Mambo", "El Justiciero" (com uma brincadeira de Serginho, dizendo que o primeiro-ministro britânico Tony Blair iria chamar el justiceiro George W. Bush para acabar com o crime na Grã-Bretanha), "Minha Menina" (bem conhecida do público britânico, graças ao sucesso de uma versão recente feita pelo grupo The Bees), "Baby" (sensacional), "Premier Bonheur Du Jour", "Dois Mil e Um" e "Top Top".

À altura de "Ando Meio Desligado", "Bat Macumba" (com participação do cantor neo-folk americano Davendra Banhart, nos backing vocals) e "Panis et Circensis", o Barbican era uma farra só: todo mundo de pé, pessoas dançando, cantando junto e gritando we love you.

Nos camarins, Serginho e Dinho contaram do sufoco dos ensaios e da ansiedade com o primeiro show depois de tantos anos. O clima era de alívio e felicidade. Os Mutantes conquistaram o público, como se fosse à coisa mais natural do mundo, como se nunca tivessem sumido.

E esse foi só o primeiro show. Imaginem como vai ser o quarto ou quinto, quando estarão nos Estados Unidos. Vão estar tinindo, provavelmente fazendo justiça às palavras da revista Time Out na semana passada, que os chamou de "a maior banda psicodélica de todos os tempos".


Guitarras Inigualáveis

De acordo com Gruff Rhys, são vários os fatores que fizeram com que os Mutantes conquistassem fãs tão díspares como os Super Furry Animals, Kurt Cobain, David Byrne e Beck.

"Eles tem um som eufórico e melodioso, com guitarras que não soam como nenhuma outra. Essa originalidade talvez se deva ao fato de que eles criavam as próprias guitarras. Eles representam o melhor do fim dos anos 60 e começo da década de 70, um período que influenciou muito o Super Furry."

No entender do escritor e jornalista musical Will Hodgkinson, o fato de os Mutantes terem virado uma banda cult entre os britânicos contribuiu para que os integrantes do grupo decidissem retomar atividades.

"No ano passado, Sérgio Dias tocou em Londres e ficou surpreso ao ver os gringos gostando tanto das músicas dos Mutantes. Foi aí que ele percebeu o quanto um show aqui seria importante. Outro fator que pesou na decisão foi que eles foram muito influenciados pelo rock britânico", afirma Hodgkinson, que vai assinar resenha sobre o show para a revista especializada britânica Mojo.

Recentemente, Hodgkinson lançou o livro Guitar Man, no qual trata de guitarristas que marcaram a sua vida e que o levaram a querer aprender o instrumento depois de velho. Os irmãos Sérgio Dias e Arnaldo Baptista são mencionados em um capítulo que trata das predileções de guitarristas por determinadas marcas de instrumento.


"Consta que um dos motivos da briga que manteve Sérgio e Arnaldo afastados por tantos anos foi causado pelo fato de que Sérgio gostava de guitarras Fender, e Arnaldo, da Gibson Les Paul. Dizem até que os Mutantes estavam em vias de se reunir há dez anos. Mas Arnaldo saiu de sua casa em Minas para visitar Sérgio e ao chegar lá viu uma série de guitarras Fender, o que o teria feito sair em disparada."


Sonhando com Rita

Os Mutantes farão uma turnê pelos Estados Unidos, mas, assim como na apresentação britânica, não deverão contar com a participação de Rita Lee, a ex-cantora do grupo.

Hodgkinson comenta que "é realmente muito triste" que Rita Lee não tenha aceitado participar da volta dos Mutantes. "Ninguém entendeu por que ela não quis participar. Talvez Rita queira ficar na dela por enquanto e esperar para ver a reação ao show. Depois, quem sabe, ela se juntará à banda. A presença de Rita seria a cereja no bolo, mas já esta sendo bom o suficiente ver os dois irmãos juntos novamente."

Os próximos shows já têm data e local marcado e são os seguintes: 21 de julho em Nova York no The Webster Hall, 23 de julho em Los Angeles no Hollywood Bowl, 24 de julho em São Francisco no The Fillmore, 26 de julho em Seattle no The Moore Theater, 28 de julho em Denver no Cervante’s Masterpiece Ballroom e 30 de julho em Chicago no The Pitchfork Festival.


Breve História






Uma das mais importantes bandas do Rock nacional, Os Mutantes são reconhecidos até hoje, não só por nós brasileiros, mas por grandes artistas em todo o mundo, pela sua criatividade, ousadia e por ter a coragem de ser vanguarda numa época retrógrada. O fato é que eles eram loucos, e isso bastava. Nunca o Brasil tinha visto uma banda que ia muito além da música: eles eram imagem, cor, diversão. E, além disso, músicos que primavam pela qualidade e originalidade. Pode haver coisa melhor?




Vamos, então, ao começo: Sérgio e Arnaldo tinham sido criados por pais extremamente liberais e ligados à música, de modo que os dois tiveram formação clássica. Apesar disso, a primeira banda que formaram com os amigos era de iê-iê-iê, os Wooden Faces. Os irmãos passavam as tardes ouvindo sucessos da orquestra de Glen Miller, prato cheio pra quem quer conhecer mais sobre como era a vida de meninos de classe média na década de 60. Ao passo que Rita teve sua introdução musical em conjuntos vocais femininos. A beatlemania foi decisiva na vida dos Mutantes, já que foi a fixação pelo Fab Four que levou Rita a um show do Wooden Faces.


Rita e Arnaldo gostaram imediatamente um do outro, e no dia seguinte ao show, estavam engatando o primeiro namoro da vida dos dois. Tinham 16 anos na época. O mais interessante nessa história toda é que, mesmo na época do amor livre, os dois ainda tentaram manter o casamento, e eram extremamente ciumentos e – sim, é verdade – Rita acabou transando com Sérgio anos mais tarde, mas por pura vingança. Ou seja: muito pouco daquela suruba que a gente pensa que era a vida dos Mutantes é verdade.


O conselho que eles mais escutavam quando andavam com os tropicalistas era: ‘Vocês precisam ser mais modernos. Rita e Arnaldo andam sempre grudados um no outro. Isso é um desperdício... ’

Rita Lee era uma dessas pessoas da qual se é difícil resistir ao carisma, àquela ruivinha sardenta, sempre magricela, junto com os dois irmãos, aprontando horrores com os outros. Cigarros de maconha escondidos entre os de tabaco, para enganar quem vivia filando-os, chicletes de alho, nada era suficiente. O número clássico da banda era o seguinte: Janta na casa dos Baptista. Rita começava mastigando um pedaço de bife por alguns minutos, e passava-o para a boca de Arnaldo, que mastigava mais um pouco a carne e jogava-a dentro de um copo de Coca-Cola. Depois que a mistura virava espuma, Sérgio bebia todo o conteúdo do copo. E voltava a mastigar o bife, para depois engoli-lo.


Só pra constar: Sérgio tinha 13 quando virou o guitarrista dos Wooden Faces. Era o que podia se chamar de 'pentelho', criando apelidos pouco convencionais (mas geralmente adequados) para todos. Rita, por exemplo, era a ‘Banana Pintada’. A amizade dos três logo virou musical, e surgia O Konjunto, que meses depois, tornaria-se Os Mutantes (nome sugerido por Ronnie Von e prontamente aceito, já que Arnaldo e Rita eram malucos por ficção científica). Em 1966, os Mutantes faziam sua primeira apresentação, exatamente na estréia do programa O Pequeno Mundo de Ronnie Von, da TV Record. Começava a revolução, porque aqueles garotos chamaram a atenção de outros programas e de gravadoras.

E de Gilberto Gil, que os convidou pra gravar Domingo no Parque, e apresentar-se no Festival da Record. Rita adorou Gil de cara, os meninos ficaram mais defensivos, já que o negócio deles era rock’and’roll cantado em inglês. Mas eles gravaram a canção e ganharam destaque, começaram então a chover convites para gravarem seu primeiro álbum. Em 1968, os Mutantes entraram em estúdio, com contrato assinado com a Polydor, que lançou a maioria dos álbuns do grupo, incluindo o de estréia “Os Mutantes”, que já trazia dois dos maiores hits: "Panis Et Circenses" e "Batmacumba".

Depois disso, o sucesso não tardou. Participações em filmes, comerciais, festivais, programas de tevê. A noiva grávida, a guitarra elétrica, o theremin, desfiles de moda mostrando seu figurino sempre extravagante. Vaias, resistência, conservadorismo não faltaram. Arnaldo achava graça e dizia: 'ninguém entende a gente e isso é ótimo'.

Em 1969, chega o segundo trabalho “Mutantes”. Os grandes destaques desse disco foram “Dom Quixote” e “2001”, escrita em parceria com Tom Zé. Apresentam-se em Cannes e em Lisboa e na volta, montam o show “O Planeta dos Mutantes”.

Aumentam o line up com a entrada definitiva do baterista Dinho e do baixista Liminha e, em 1970, participam do V FIC, Festival Internacional da Canção, com a faixa “Ando Meio Desligado”, recentemente regravada pelos mineiros do Pato Fu. Essa música fez parte do álbum “A Divina Comédia” e neste mesmo ano ainda gravaram em Paris o álbum “Technicolor”, com versões em inglês para seus maiores sucessos.

O disco deveria ter saído naquele mesmo ano no mercado europeu, mas inexplicavelmente foi arquivado pela gravadora Polydor que o considerou ousado demais para a época, temendo um possível fracasso. Virou um disco cult entre os mais antenados. Nos final dos anos noventa este material foi parar nas mãos de Sean Lennon que se apaixonou na mesma hora pela espontaneidade musical dos Mutantes, Sean correu atrás para que este material fosse lançado o que aconteceu no ano 2000, trinta anos após sua gravação, fazendo ele mesmo o projeto gráfico do álbum. Talvez hoje a história dos Mutantes fosse outra se este álbum tivesse sido lançado na época.

Em 1971, “Jardim Elétrico”, apresentava ao público o hit “Top Top”, que ganhou uma versão acústica da cantora Cássia Eller em 2001. O maior sucesso da carreira dos Mutantes, no entanto, viria só em 1972 com o álbum “Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets”, com a faixa "Balada do Louco".

Rita irritava a maioria das pessoas que conviviam com a banda na época. Ela criava personagens imaginários, como a menina Gumgum (chata e grudenta, que ficava dizendo pequenas crueldades), e Aníbal (o malandro do morro, cheio de gírias e sempre cantando as meninas que estivessem por perto). Ela e Arnaldo começaram a se desentender com mais freqüência, depois de anos de infidelidade e envolvimento com ácido e haxixe.

Começava a viagem sem volta dos Mutantes, com empresários sugerindo cada vez mais que Rita tinha carisma e talento suficientes para seguir carreira solo. E assim, o fez: pegou suas duas cadelas, violão, o mini-moog e desceu a Serra da Cantareira para nunca mais voltar. "Build Up", seu disco debute solo, era um sucesso e a menina de 22 anos firmava-se como uma estrela da música pop brasileira. Mas não sem antes deixar, junto com seus companheiros mutantes, cinco discos que até hoje soam atuais, e a maior prova disso é a paixão de muitos gringos, como Kurt Cobain e Sean Lennon, pelo trabalho do grupo.

Em 1973 entram em estúdio sem Rita para as gravações de “O A e o Z”. O material não agradou a gravadora que não lançou o disco e demitiu a banda. Sem contrato e enfrentando diversos problemas com as drogas, Arnaldo decide que é a sua vez de abandonar o barco e parte em carreira solo. Dinho e Liminha seguem o mesmo rumo.


Diante de uma situação totalmente inédita, Sérgio Dias é obrigado a reformular toda a estrutura da banda. Chama Tulio Mourão para os teclados, o baterista Rui Mota e o baixista Antônio Pedro Medeiros para integrarem o time. Conseguiu um contrato com a Som Livre e, com essa formação, fizeram “Tudo Foi Feito Pelo Sol”, em 1974.

Mas os problemas e discussões estavam longe de terminar e logo após esse lançamento, Túlio e Antônio são substituídos por Luciano Alves e Paul de Castro. Em 1977, soltam “Mutantes Ao Vivo”, que não agradou nem os fãs, nem a crítica e nem os próprios Mutantes. Após esse fracasso e mais alguns desentendimentos, finalmente o grupo encerra suas atividades. Apesar das inúmeras tentativas, Sérgio Dias não conseguiu dar continuidade ao Mutantes sem o irmão Arnaldo, que recusou solenemente todos os pedidos para que voltassem a tocar juntos.

Em 1992, finalmente foi lançado o até então inédito “O A e o Z”.


Pós-banda

Os Mutantes voltariam a ser notícia em 1992, quando os principais jornais brasileiros divulgaram que o grupo iria retornar em sua formação clássica. O que aconteceu na verdade foi um convite de Rita aos seus antigos companheiros para uma participação em um de seus shows. O rancor guardado e as brigas do passado ressurgem momentos antes da apresentação e apenas Sérgio sobe ao palco com a cantora, apesar dos chamados insistentes da platéia por Arnaldo. Em 1993 eles recusam um pedido feito por Kurt Cobain, líder do Nirvana para que se reunissem novamente.


No ano 2000 a gravadora Universal, dona do catálogo da extinta Polydor, finalmente resolve lançar Tecnicolor, que apresenta as canções gravadas pela banda durante sua passagem pela França em 1970. Diz-se que o álbum só foi lançado pela influência (e insistência) de Sean Lennon, filho de John Lennon. A arte gráfica do álbum é toda de Sean.

Em fevereiro de 2005 a revista britânica Mojo incluiu o álbum Os Mutantes em sua lista de "50 Discos Mais Experimentais de Todos Os Tempos", à frente de nomes como Beatles, Pink Floyd e Frank Zappa.


Gênio!! O que mais dizer?

A Genialidade Valvulada - Rogério Duprat, no vídeo-documentário Maldito popular brasileiro: Arnaldo Dias Baptista, de Patrícia Moran, foi categórico em suas duas aparições: Os Mutantes foram à coisa mais importante do tropicalismo. E ninguém conseguiu deixar isto claro. Mas eu sei bem disso que a cabeça disto tudo, a cabeça dos Mutantes era o Arnaldo Baptista. (...) Insisto e resumo, em poucas palavras, o Arnaldo é responsável por quase tudo que aconteceu de 67 pra frente.

Kurt Cobain, em sua passagem pelo Brasil, saudou Arnaldo com uma carta-elogio.

Mas o que há entre a arqueológica opinião de Duprat e a missiva de Cobain? Mitificação a um artista louco? Ou uma outra versão para uma história já sedimentada?

Arnaldo, assim como Rita Lee e Sérgio Dias, teve sua vida e sua obra fracionada em duas etapas: a das glórias da Tropicália; e, no caso de Arnaldo, da piração posterior.

Mas o que dizer dos cinco álbuns de sua carreira solo? E como chamar de loucura sua opção pela amplificação valvulada, agora que novas gerações de valvulados demonstram, mais uma vezes, a sua supremacia perante os leves e descartáveis transistores? Seria loucura também sua opção por guitarra Gibson em detrimento da Fender, usada por seu irmão Sérgio? E seus dois livros de ficção científica? E suas centenas de pinturas a óleo?

A verdade é que a genialidade de Arnaldo só poderia ser tratada, pela mentalidade mediocrizante brasileira, de um forma, como loucura. Nem uma possível morte, várias vezes anunciada, seria adequada. A loucura. Assim teríamos nosso Syd Barrett, nosso Arthur Rimbaud, nosso Antonin Artaud. Mas contra este estigma, basta apenas ouvir a obra de A.B.

Seu primeiro álbum-solo, "Lóki?" é, sem dúvida a obra-prima do rock brasileiro. Lançando em 1974, com a participação dos Mutantes - Rita, Liminha e Dinho - e arranjo de Duprat, e com a recomendação: este disco é para ser ouvido em alto volume, traz: Será que eu vou virar bolor?. Uma pessoa só - do repertório derradeiro dos Mutantes -, Não estou nem aí, vou me afundar na lingerie, Cê tá pensando que eu sou lóki?, Te amo podes crer e outras. Na seqüência, Arnaldo se transfere para o Rio de Janeiro, formando o grupo Unzioutros, com Lulu Santos.

Em 1976, passa a tocar com o grupo Patrulha do Espaço - John Flavin, guitarra; Osvaldo Gennari, contrabaixo; e Rolando Castello Júnior, bateria. No ano seguinte, grava um álbum no Estúdio Vice-Versa, que se manteria inédito até 1988, quando Osvaldo e Rolando remasterizam a fita original e lançam o LP "Elo perdido", que traz Sunshine, Sexy sua, Corta Jaca, Trem, Emergindo da ciência, Raio de sol, Um pouco assustador e Fique comigo.



Em 1980, lança o álbum "Singin' Alone", na estréia do selo Baratos Afins, de Luís Calanca. Arnaldo toca todos os instrumentos. No repertório: I feel in love one day, O Sol, Hoje de manhã eu acordei, Sitting on the road side, Ciborg, Young blood, entre outras.



No início de 1982, internado em uma clínica de São Paulo, sofre acidente. Sua fama de louco e suicida volta à cena.

Em 1987, Rolando Castello lança novo material da época do Patrulha. Agora trechos de uma gravação ao vivo, de 1978. O álbum "Faremos Uma Noitada Excelente..." traz, basicamente, músicas do Elo perdido e do Singin' alone, exceção para a instrumental Arnaldo Soliszta. Ainda em 1987, a Baratos Afins lança, em edição limitada para fãs, o caseiro álbum Disco voador, gravado originalmente em dois canais, pelo artista, e masterizado no Vice-Versa. O disco traz duas versões, em francês e inglês de Balada de um louco e outras sete composições.

Em 1989, a gravadora Eldorado lança o álbum-homenagem "Sanguinho Novo..." Arnaldo Baptista revisitado, com as participações dos grupos Sexo Explícito, 3 Hombres, Vzyadoq Moe, Sepultura, Último Número, Akira S. & As Garotas Que Erraram, Ratos de Porão, Fellini, Atahualpa Y Us Panquis, Maria Angélica e de Skowa e Paulo Miklos.


A partir daí a moeda-Arnaldo Baptista volta à circulação em regravações - Kid Abelha, Lobão, João Penca & Os Miquinhos Amestrados, Paula Morelembaum, Pato Fu e outros -, mostrando um pouco da monumental, e desconhecida, obra do Gepetto valvulado de Juiz de Fora.

DISCOGRAFIA:
· Os Mutantes (Polydor, 1968)
· Mutantes (Polydor, 1969)
· A Divina Comédia Ou Ando Meio Desligado (Polydor, 1970
· Jardim Elétrico (Polydor, 1971)
· Mutantes E Seus Cometas No País Do Baurets (Polydor, 1972)
· O A e o Z (Philips, 1992; gravado em 1973)
· Tudo Foi Feito Pelo Sol (Som Livre, 1974)
· Ao Vivo (Som Livre, 1977)
· Tecnicolor (Universal, gravado em 1970 e lançado em 1999)

Discografia

Rita Lee:
· Build Up (Polygram – 1970)
· Hoje É O Primeiro Dia do Resto de Sua Vida (Polygram – 1972)
· Atrás do Porto Tem Uma Cidade (Polygram – 1974)
· Fruto Proibido (Som Livre – 1975)
· Entradas e Bandeiras (Som Livre – 1976)
· Refestança (Som Livre – 1977)
· Babilônia (Som Livre – 1978)
· Rita Lee (Som Livre – 1979)
· Rita Lee (Som Livre – 1980)
· Saúde (Som Livre – 1981)
· Rita Lee e Roberto de Carvalho (Som Livre – 1982)
· Bombom (Som Livre – 1983)
· Rita e Roberto (Som Livre – 1985)
· Flerte Fatal (EMI – 1987)
· Zona Zen (EMI – 1988)
· Pedro e o Lobo (EMI – 1989)
· Rita Lee e Roberto de Carvalho (Som Livre – 1990)
· Bossa'n Roll (Som Livre – 1991)
· Rita Lee (Som Livre – 1993)
· A Marca da Zorra (Som Livre – 1995)
· Santa Rita de Sampa (Universal – 1997)
· Acústico MTV (Universal – 1998)
· 3001 (Universal – 2000)
· Aqui, Ali, Em Qualquer Lugar...(Abril Music – 2001)
· Balacobaco (Som Livre – 2003)
· Rita Lee MTV Ao Vivo (CD e DVD) (EMI Music – 2004)

Arnaldo Baptista:
Solo:
· Lóki? (Philips - 1974)
· Singin’ Alone (Baratos Afins - 1982)
· Disco Voador (Baratos Afins - 1987, inédito em CD)
· Let It Bed (L&C/Trattore - 2004)

Com Arnaldo & A Patrulha do Espaço:
· Faremos Uma Noitada Excelente (Vinil Urbano - 1988, inédito em cd)
· Elo Perdido (Vinil Urbano, 1988, inédito em CD)

Sérgio Dias:
· Sergio Dias (1980)
· Mato Grosso - Phil Manzanera & Sergio Dias (1990)
· Mind Over Matter (1991 – Natasha)
· Song Of The Leopard (1997)
· Estação da Luz (2000 - Lotus Music)

Downloads

(1968) Os Mutantes

Os Mutantes
1 - Panis Et Circenses
2 - A Minha Menina
3 - O Relógio
4 - Maria Fulô
5 - Baby
6 - Senhor F
7 - Bat Macumba
8 - Le Premier Bonheur Du Jour
9 - Trem Fantasma
10 - Tempo No Tempo
11 - Ave Gengis Khan

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(1969) Mutantes

Mutantes
1 - Dom Quixote
2 - Não Vá Se Perder Por Aí
3 - Dia 36
4 - 2.001
5 - Algo Mais
6 - Fuga Nº II Dos Mutantes
7 - Banho de Lua
8 - Ritta Lee
9 - Mágica
10 - Qualquer Bobagem
11 - Caminhante Noturno

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(1970) A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado

A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado
1 - Ando Meio Desligado
2 - Quem Tem Mêdo de Brincar de Amor
3 - Ave Lúcifer
4 - Desculpe Babe
5 - Meu Refrigerador Não Funciona
6 - Hey Boy
7 - Preciso Urgentemente Encontrar Um Amigo
8 - Chão de Estrêlas
9 - Jôgo de Calçada
10 - Haleluia
11 - Oh! Mulher Infiel

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(1971) Jardim Elétrico

Jardim Elétrico
1 - Top Top
2 - Benvinda
3 - Tecnicolor
4 - El Justiciero
5 - It’s Very Nice Pra Xuxu
6 - Portugal de Navio
7 - Virgínia
8 - Jardim Elétrico
9 - Lady, Lady
10 - Saravá
11 - Baby

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(1972) Mutantes e Seus Cometas No País do Baurets

Mutantes e Seus Cometas No País do Baurets
1 - Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe,
Desde Que Eu Tenha O Meu Rock and Roll
2 - Vida De Cachorro
3 - Dune Buggy
4 - Cantor de Mambo
5 - Beijo Exagerado
6 - Balada do Louco
7 - A Hora e a Vêz do Cabelo Nascer
8 - Rua Augusta
9 - Mutantes e Seus Cometas No País do Baurets
10 - Todo Mundo Pastou II

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(1973) O A e o Z

O A e o Z
1 - A e o Z
2 - Rolling Stones
3 - Você Sabe
4 - Hey Joe
5 - Uma Pessôa Só
6 - Ainda Vou Transar Com Você

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(1974) Tudo Foi Feito Pelo Sol

Tudo Foi Feito Pelo Sol
1 - Deixe Entrar Um Pouco D'água No Quintal
2 - Pitagoras
3 - Desanuviar
4 - Eu Só Penso Em Te Ajudar
5 - Cidadão Da Terra
6 - O Contrário de Nada Nada
7 - Tudo Foi Feito Pelo Sol

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(1976) Ao Vivo

Ao Vivo
1 - Anjos do Sul
2 - Benvindos
3 - Trem
4 - Sagitarius
5 - Esquizofrenia
6 - Rio de Janeiro
7 - Loucura Pouca é Bobagem
8 - Hey Tu
9 - Rock n Roll City
10 - Tudo Explodindo
11 - Grande Finale
12 - Anjos do Sul (Reprise)

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(2000) Tecnicolor

Tecnicolor
1 - Panis Et Circenses
2 - Bat Macumba
3 - Virginia
4 - She’s My Shoo Shoo ( A Minha Menina)
5 - I Feel A Little spaced Out (ando Meio Desligado)
6 - Baby
7 - Tecnicolor
8 - El Justiciero
9 - I’m Sorry Baby (Desculpe Babe)
10 - Maria Fulô
11 - Le Premier Bonheur Du Jour
12 - Saravah
13 - Panis Et Circenses (reprise)

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(1972) Hoje É O Primeiro Dia do Resto da Sua Vida

Hoje É O Primeiro Dia do Resto da Sua Vida
1 - Vamos Tratar da Saúde
2 - Beija-me Amor
3 - Hoje É O Primeiro Dia do Resto da Sua Vida
4 - Teimosia
5 - Frique Comigo
6 - Amor Branco e Preto
7 - Tiroleite
8 - Tapupukitipa
9 - De Novo Aqui Meu Bom José
10 - Superfície do Planeta

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Sites Oficiais:
Os Mutantes
Arnaldo Batista
Rita Lee
Sergio Dias

Pesquisa por: Gustavo Ôcalvo

R.E.M. (parte 1)

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Dyscografia Completa - R.E.M. (parte 1)

O Começo
Em 1979, Michael Stipe (vocalista), estudante de artes, conhece Peter Buck (guitarra), um jovem que trabalhava numa loja de discos. Tornaram-se muito amigos e passaram a dividir um apartamento. Em uma das festas que freqüentavam conheceram os também amigos Mike Mills (baixo) e Bill Berry (bateria). A afinidade entre os quatro foi imediata e logo começaram a tocar juntos.

No dia 5 de abril de 1980, a banda fez seu primeiro show para a festa de aniversário de um amigo, numa igreja abandonada da cidade onde Stipe e Buck moravam. A partir daí, começaram a tocar em bares, restaurantes e festas no sudeste dos EUA.


No ano de 1981, o R.E.M. lançou pelo selo independente Hibtone os singles “Radio Free Europe” e “Sitting Still”. Em 1982, o R.E.M. assina contrato com o selo I.R.S., onde lançam o EP Chronic Town, que teve uma ótima aceitação pelas rádios universitárias da época. Um ano depois sai o primeiro álbum do R.E.M., Murmur, que ganhou o status de álbum do ano batendo bandas já consagradas como U2, que tinha lançado o álbum War e também Michael Jackson com Thriller, o disco mais vendido da história. A aceitação do R.E.M. foi tão grande, que pela primeira vez fizeram um show fora dos EUA.

Entusiasmados com o sucesso do primeiro álbum, em 1984, com apenas onze dias de estúdio, eles gravam o segundo, Reckoning, e saem em turnê novamente. 1985 é o ano de lançamento de Fables Of The Reconstruction, o terceiro álbum e o maior sucesso até então, com destaque para a música "Feeling Gravity´s Pull". No entanto, durante a produção desse disco, a banda quase acabou devido a divergências internas e a discussões sobre o tipo de som que o álbum teria.



Em 1986, o R.E.M. lança o quarto disco, Life's Rich Pageant, que fez grande sucesso. A banda conseguiu seu primeiro disco de ouro e o hit “Fall On Me” figurou no Top 10 dos EUA, fato inédito para o grupo. No ano seguinte, a I.R.S. lança um álbum intitulado de Dead Letter Office contendo Lados B e as faixas do Chronic Town. No mesmo ano a banda lança seu quinto álbum de trabalho, Document, com sons barulhentos e letras politicamente corretas. A música “The One I Love” leva o R.E.M. ao estrelato, figura no TOP 5 dos EUA e o álbum leva disco de platina.

Dois anos se passam e em 1988 ocorrem vários fatos que marcaram a banda, sendo três de muita importância: o lançamento do álbum Green, o sexto da carreira, com hits como “Stand” e “Pop Song 89”; o R.E.M. é eleito pela revista Rolling Stone a melhor banda de Rock and roll dos Estados Unidos e eles assinam contrato com a milionária gravadora Warner Bros.. A Green World Tour (Turnê do álbum Green) dura onze meses.


Depois da correria com a turnê, os integrantes, exaustos, decidiram fazer uma pausa para cuidar cada de um de sua vida. Bill Berry foi pescar na sua fazenda, Mike Mills dedicou-se a projetos paralelos, Stipe foi cuidar de sua produtora de vídeo (C-Hundred Film Corporation) e Peter Buck continuou a ser desencanado como sempre. Mas logo se juntaram e começaram a produzir um novo álbum, entre 1989 e 1991.

Após três anos sem lançar nada e, principalmente, sem a pressão da gravadora, o quarteto lança o sétimo álbum, Out Of Time, o mais bem sucedido da carreira do grupo. Os hits “Losing My Religion” e “Shiny Happy People”, deram a banda três Grammy Awards e seis MTV Video Music Awards. Neste mesmo ano de 1991, a convite da MTV a banda gravou um Acústico, com várias músicas de sucesso e outras desconhecidas até então.


Esse acústico não chegou a ser lançado em álbum mas mostrou a versatilidade dos músicos, a suave e excelente voz de Michael Stipe, os vocais de Mike Mills, a qualidade de Peter Buck com o bandolim e de Bill Berry com a percussão. Ficou provado, definitivamente, que eles eram excelentes músicos. Para muitos no Brasil era a primeira vez em que se ouvia falar no R.E.M. (fora do circuito descolado) e o sucesso da banda foi uma das primeiras revitalizações do rock nos anos 90, antes da revolução de Seattle.

Vale lembrar que o R.E.M. foi uma espécie de alavanca da onda grunge. Sem R.E.M. não sabemos se a revolução de Seattle teria feito tanto sucesso.

Em 1992 a crítica duvidava que a banda iria conseguir manter a qualidade das músicas nos álbuns seguintes até que o oitavo álbum, Automatic For The People, foi lançado. O disco possui hits consagrados como “Man On The Moon”, “Everybody Hurts”, “Drive”, “Find The River”, entre outros.


O nono álbum surge em 1994, cheio de sons pesados e guitarras distorcidas. Monster é dedicado ao ator e amigo River Phoenix, que morrera naquele ano e uma faixa, “Let Me In”, ao músico, cantor e amigo Kurt Cobain, que também se fora.

A banda inicia a maior turnê feita até hoje por eles, a Monster World Tour, que causou algumas pequenas tragédias. Michael Stipe teve de ser operado para a retirada de uma hérnia, Mike Mills entrou no centro cirúrgico por problemas estomacais, e o mais grave, durante um show, Bill Berry desmaiou sobre a bateria devido a um aneurisma cerebral e teve de ser operado às pressas.


Em 1996, o R.E.M. renova com a Warner Bros. por US$ 80 milhões, um dos maiores contratos da indústria fonográfica. Lançam seu décimo álbum, que pela primeira vez não foi gravado inteiramente em estúdio. New adventures in Hi-Fi contém, em sua maior parte, músicas inéditas gravadas em passagens de sons da turnê anterior. Destaques para “Leave”, “E-bow The Letter” e “The Wake-Up Bomp”.

No primeiro dia de gravação do álbum seguinte, em 30 de outubro de 1997, Bill Berry, junto com a banda, dá uma entrevista dizendo que amigavelmente deixava o grupo. Ele declarou que queria apenas viver com sua família numa fazenda, para descansar, pois tocava bateria desde os 9 anos de idade e queria fazer outra coisa além daquilo, que perdera o encanto. Os outros três integrantes resolvem continuar com a banda, sem substituir Berry.


O Décimo primeiro álbum, Up, é lançado em 1998. Apesar do título, é um trabalho bem depressivo. Michael Stipe diz que é o álbum onde conseguiu expressar profunda tristeza em suas letras, uma delas em especial, “Sad Professor”. Ainda sobre a saída de Bill Berry, Stipe diz que ele fez o que queria, e que não houve nenhuma pressão para que ficasse ou que saísse. Eles respeitaram a decisão do amigo, que já não gostava mais da fama, de ser fotografado ou de sair em turnê. A banda, inicialmente, decidiu não fazer turnê, mas após algum tempo realizou alguns shows pela Europa, com alguns bateristas se revezando em sua banda de apoio.

No ano seguinte, 1999, Bill Berry andou retomando as baquetas para um concerto beneficente que reuniu diversos artistas em favor de uma fundação que cuida de doentes da Síndrome de Pierrete, mas nada que o reconduzisse ao R.E.M. novamente. Stipe meteu-se na produção de um filme sobre o glam rock, chamado Velvet Goldmine, que contaria a história das principais figuras do gênero: David Bowie, Iggy Pop, Lou Reed, Marc Bolan. A banda cedeu sua música “Man On the Moon” para o filme biográfico do comediante Andy Kaufman, que falecera aos 35 anos de um câncer raro no pulmão. A canção havia sido feita em sua homenagem em 1992. O R.E.M. apareceu no último Saturday Night Live de 1999 como banda convidada, rendendo a Stipe uma participação como fada madrinha do personagem Mango (de Chris Kattan).


Em 2001, depois que a ferida aberta pela saída de Berry já estava cicatrizada, o R.E.M. lança seu décimo segundo álbum, intitulado Reveal. O álbum possui belos arranjos de teclados eletrônicos com letras inspiradíssimas, reforçando o talento de Stipe, considerado um dos melhores letristas de sua geração. O primeiro single e grande hit do álbum é “Imitation Of Life”, onde o R.E.M. faz uma volta ao passado e recorda um pouco a onda pop vivida em 1991 com “Shine Happy People”. Outros destaques ficam por conta de “The Lifting”, “All The Way To Reno”, “She Just Wants To Be” e “I´ll Take The Rain”, onde eles continuaram mostrando que são mestres na arte de vídeo-clips.

No mesmo ano, a banda faz seu primeiro show no Brasil, na terceira edição do Rock in Rio. O grupo foi um dos destaques e Michael Stipe foi eleito a personalidade mais popular e simpática do festival. Logo após o lançamento de Reveal, a MTV Americana convidou a banda para gravar um novo acústico. O agora trio, mais experiente do que antes, faz uma excelente apresentação. Michael Stipe mais uma vez deu um show nos vocais, onde mostrou ter muita facilidade para fazer o que deseja com sua voz e para modificar as músicas do jeito que mais lhe agrada. Até agora a banda não se pronunciou se irá lançar em cd o acústico.


Em 2004 o R.E.M. lança Around The Sun, um disco de rock, baladas acústicas e forte apelo político. O single "Leaving New York" e a presença da faixa "Final Straw" (lançada em 2003 em protesto à guerra do Iraque) antecipam o álbum: um triste retrato da vida dos norte-americanos depois dos ataques de 11 de setembro. "Final Straw" foi a música mais política criada por Michael Stipe desde o surgimento da banda. Além disso, o disco traça um panorama musical de toda a carreira do R.E.M ao resgatar elementos que estiveram presentes em todas as fases da banda, incluindo faixas acústicas, sons texturizados e a presença de guitarras de 12 cordas.

Abaixo a primeira parte da discografia dessa maravilhosa banda de rock:

(1982) Chronic Town

Chronic Town
01 - Wolves, Lower
02 - Gardering at Night
03 - Carnival of Sorts (Box Cars)
04 - 1,000,000
05 - Stumble

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(1983) Murmur

Murmur
01 - Radio Free Europe
02 - Pilgrimage
03 - Laughing
04 - Talk About The Passion
05 - Moral Kiosk
06 - Perfect Circle
07 - Catapult
08 - Sitting Still
09 - 9-9
10 - Shaking Through
11 - We Walk
12 - West Of The Fields

Bonus Tracks
13 - There She Goes Again
14 - 9-9 (live 20 Apr 84)
15 - Gardening at the Night (live 20 Apr 84)
16 - Catapult (live 20 Apr 84)

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(1984) Reckoning

Reckoning
01 - Harborcoat
02 - 7 Chinese Bros.
03 - So. Central Rain
04 - Pretty Persuasion
05 - Time After Time (annelise)
06 - Second Guessing
07 - Letter Never sent
08 - camera
09 - (Don't Go Back To) ROCKVILLE
10 - Little America

Bonus Tracks
11 - Wind Out (with Friends)
12 - Pretty Persuasion (live-in-studio)
13 - White Tornado (live-in-studio)
14 - Moon River

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(1985) Fables of the Reconstruction

Fables of the Reconstruction
01 - Feeling Gravity's Pull
02 - Maps and Legends
03 - Driver 8
04 - Life and How to Live It
05 - Old Man Kensey
06 - Can't Get There From Here
07 - Green Grow the Rushes
08 - Kohoutek
09 - Auctioneer (Another Engine)
10 - Good Advices
11 - Wendell Gee

Bonus Tracks
12 - Crazy
13 - Burning Hell
14 - Bandwagon
15 - Driver 8 (live)
16 - Maps and Legends (live)

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(1986) Lifes Rich Pageant

Lifes Rich Pageant
01 - Begin the Begin
02 - These Days
03 - Fall On Me
04 - Cuyahoga
05 - Hyena
06 - Underneath the Bunker
07 - The Flowers of Guatemala
08 - I Believe
09 - What if We Give it Away?
10 - Just a Touch
11 - Swan Swan H
12 - Superman

Bonus Tracks
13 - Tired of Singing Trouble
14 - Rotary Ten
15 - Toys in the Attic
16 - Just a Touch (live in studio)
17 - Dream (All I Have to Do)
18 - Swan Swan H (acoustic)

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(1987) Dead Letter Office

Dead Letter Office
01 - Crazy
02 - There She Goes Again
03 - Burning Down
04 - Voice Of Harold
05 - Burning Hell
06 - White Tornado
07 - Toys In the Attic
08 - Windout
09 - Ages Of You
10 - Pale Blue Eyes
11 - Rotary Ten
12 - Bandwagon
13 - Femme Fatale
14 - Walters Theme
15 - King Of The Road
16 - Wolves, Lower
17 - Gardening At Night
18 - Carnival Of Sorts (Box Cars)
19 - 1,000,000
20 - Stumble

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(1987) Document

Document
01 - Finest Worksong
02 - Welcome To The Occupation
03 - Exhuming McCarthy
04 - Disturbanceat The Heron House
05 - Strange
06 - It's The End Of The World As We Know It(And I Feel Fine)
07 - The One I Love
08 - Fireplace
09 - Lighting Hopkins
10 - King Of Birds
11 - Oddfellows Local 151

Bonus Tracks
12 - Finest Worksong(Other Mix)
13 - Last Date
14 - The One I Love(Live)
15 - Time After Time Etc.(Live)
16 - Disturbance At The Heron House
17 - Finest Worksong(Lengthy Club Mix)

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