O show de lançamento do CD "A Primavera do Gato Amarelo", com Julio Reny e Os Irish Boys e convidados está marcado para o dia 30 de outubro, quinta-feira, no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, às 22h (Andradas, 736; 6° Andar).
Ingressos à R$ 15,00
CD à venda R$ 15,00
Julio estará, depois do show, a disposição dos amigos para autografar o novo álbum e conversar sobre os seus planos e novos desafios na carreira.
Julio estréia nesta quarta-feira, dia 22, na mini-série "Mais do Mesmo" no site da Ipanema FM, onde reinterpreta a si mesmo, com grande elenco, fazendo o rocker "Julius".
Dia 2 de novembro, Reny e sua banda, em versão acústica, estarão no festival de 25 anos da Ipanema FM, no anfiteatro Pôr-do-Sol, em Porto Alegre.
Dia 6 de novembro, Reny e Os Irish Boys se apresentam no Abbey Road de Novo Hamburgo, lançando o novo álbum e as suas novas canções.
E sexta, 14 de novembro, o cantor e compositor fará show solo e sessão de autógrafos em Caxias do Sul, no Berlin Pub.
RESENHA:
A Última Primavera
Júlio Reny, um dos grandes nomes do que se convencionou chamar de rock gaúcho, está morrendo. O cantor deve agonizar por mais um ano, tempo em que pretende divulgar seu novo disco, A Primavera do Gato Amarelo. Ao final, um novo artista surgirá no mesmo Júlio Reny. Mas ele não sabe exatamente qual.
Suando, tremendo, entre um cigarro e outro, ainda vítima da adrenalina do programa de televisão ao vivo que acabara de participar, na terça-feira, o cantor confidencia que o disco que será lançado hoje, às 20h, no Teatro Bruno Kiefer (confira detalhes no Guia hagah), não reflete seu momento pessoal. A Primavera do Gato Amarelo é o nono álbum de sua carreira (incluindo três com os Cowboys Espirituais) e o segundo de inéditas desde 2003, quando lançou a coletânea A Caminhada de Júlio Reny. Em 2006, veio Diários da Chuva. A Primavera do Gato Amarelo foi composto na mesma leva. É um apanhado de canções “solares”, como ele define. Mas, na vida pessoal, Reny enfrenta uma tempestade, um drama recente que está se refletindo nas suas atuais composições e que só virá à tona num próximo trabalho, ainda sem previsão de lançamento.
– Estou vivendo uma vida de Mad Max. Acordo todas as manhãs tentando esquecer que um dia tive uma família – desabafa Reny.
Uma fase de Odair José
A Primavera do Gato Amarelo foi gravado em meio a um doloroso divórcio. O fim do casamento de 10 anos e a distância da filha de nove anos – permeados por brigas “de amor e morte” – atormentaram o compositor ao longo dos oito meses de gravação. O resultado foi, ainda sim, um disco disfarçadamente pop e alegre. As 14 faixas, por Thomas Dreher (Ultramen e Júpiter Maçã), contaram com participação de mais de 20 convidados, entre eles Arthur de Faria, Humberto Gessinger e King Jim. As influências, conta Reny, continuam as mesmas.
– Queria soar como os LPs do Roberto Carlos nos anos 70. Tudo era bom naquela década, até mesmo o brega. A primeira faixa do disco, por exemplo, é puro Odair José.
Nesta, O Segundo Fim, Reny canta: “Sou uma canção triste do Roberto / Se você não voltar, não serei mais o mesmo / O brilho dos meus olhos morreu / O sorriso dos meus lábios desapareceu.” O momento de Reny, turbulento e de transição, aos 49 anos, parece tirado, de fato, de uma letra de Odair José:
– Estou vivendo como um poeta, compondo pela noite, em boate de strip-tease.
Ainda assim, o cantor olha o futuro com otimismo.
– Um amigo me disse que estou cantando mais alto, parece que estou botando para fora. Agora quero apenas minha carreira solo. Quero reforçar essa coisa do Johnny Cash dos trópicos.
E se autodesafia, confiante na nova fase que planeja para o ano que vem:
– Vou trocar o violão pela guitarra. Vou me repaginar.
Terá o apoio incondicional do companheiro Floopy, o tal gato amarelo, que segue tomando sol na janela de casa.
Gabriel Brust - Zero Hora - 30/10/08
3 comentários:
Bacana ver minha foto por aqui :)
Muito bom o CD
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