Egisto Dal Santo - Notas de Viagem

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“Um exercício de memórias e de pensar livre e objetivamente uma cena rockeira que existe desde os 60 e 70 no Estado dos Farroupilhas” - é assim que o músico e produtor Egisto Dal Santo descreve a sua obra: Notas de Viagem - Aventuras e Desventuras no Rock Gaúcho. O livro é uma reunião de notas das muitas histórias vividas por Egisto, ilustradas com dezenas de fotografias.

Egisto Dal Santo é nome conhecido no underground gaúcho, pioneiro dos discos de rock alternativo e independente no RS. Como músico, atingiu reconhecimento nacional com a anárquica Colarinhos Caóticos e a metaleira nacionalista Elektra.

Produtor musical, participou da fundação de selos como Antídoto e Stop Records e destacou-se em trabalhos como A Sétima Efervescência, lançando Júpiter Maçã, As 15 mais da Ipanema FM (dois volumes contando a história do rock gaúcho), Baladas do Bom Fim (homenagem a Nei Lisboa com 14 artistas da nova geração), além de ter lançado várias bandas importantes como Charles Master (solo), Bebeco Garcia & O Bando dos Ciganos, Spacequera,Tequila Baby, Walverdes, Acretinice Me Atray, Maria do Relento, Cowboys Espirituais, entre outras. Egisto foi premiado quatro vezes com o Troféu Açorianos de Música e atualmente atua na banda Histórias do Rock Gaúcho, que resgata a memória do que aconteceu de mais interessante no cenário musical gaúcho dos anos 60 até hoje.

Segue um trecho do primeiro capítulo, em que Egisto conta a bizarra história ocorrida durante as gravações do disco do Júpiter Maçã, em 1996:

"Quando ele entrou na sala, à primeira vista, não acreditamos, era surreal, e pior, não era como nos filmes. Somente quando acordamos e vimos o Glauco Caruso (o batera) levar várias coronhadas de uma 'imensa' MAGNUN 765, é que caímos na realidade. (...) ele declarou que tinha vindo ali pra matar o Flávio Basso e que para os outros não faria mal (...) estava na cara que ele não sabia (...) quem era o tal do Flávio Basso, e com essa história do nome diferente (Júpiter) ficava tudo meio esculhambado na doentia cabeça dele. Bom, pegou os documentos do Vinny (Tonelo), os meus, os do Gustavo (Dreher) e então chegou no Flávio que logo gritou:

- Eu não tenho documento!… (com sotaque bonfiniano). Mas a carteira estava cheia (...) o cara pegou e leu em voz alta na identidade:

- Então tu que é o Flávio Basso!?… Pronto. Fudeu. Aquele silêncio quase mortal, ou até. E o terror falou ameaçadoramente decisivo:

- Tu passou AIDS pra minha irmã e eu vim aqui pra te matar!

A resposta do Flávio foi imediata e automática/autômata:

- Eu não como ninguém, eu não como ninguém…"


FICHA TÉCNICA:
Impressão: livro impresso em papel reciclado
ISBN: 978-85-88715-42-4
Páginas: 210
Editora: Armazém Digital
Formato: 14x21 cm
Preço: R$ 31,00
Onde comprar: Armazém Digital

SERVIÇO:
O que: Lançamento do Livro Notas de viagens, de Egisto Dal Santo
Quando: 28/08/2008, às 19h
Onde: no Zelig Bar - Sarmento Leite, 1086

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RamonR