
Marcelo de Campos Velho Birck é um músico nascido em Porto Alegre, 13 de agosto de 1965. Cantor, compositor e guitarrista, Marcelo Birck formou-se Bacharel em Composição Musical na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e depois aperfeiçoou-se com um Mestrado em Composição e Novas Tecnologias pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Sua dissertação versou sobre associações de séries matemáticas complexas derivadas do Xadrez, do I Ching e do Calendário Maia com design de som e composição.
Foi professor substituto na UFRGS de disciplinas como Acústica, Improvisação Musical e Laboratório Experimental de Música entre 1999 e 2000, e professor-colaborador na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) nas disciplinas Análise Musical, Laboratório, Música e Mídia e Prática de Conjunto e Arranjo entre 2002 e 2003. Tem vários artigos e trabalhos completos de pesquisa em música publicados em veículos especializados. Pois é...

Em seguida, eles fundaram a Graforréia Xilarmônica, que marcou e ainda marca presença na cena musical gaúcha, com seu estilo eclético fundindo regionalismo e rock derivado da Jovem Guarda e dos Beatles. Com 4 CDs gravados, a banda foi pioneira na revalorização da Jovem Guarda, estilo que na proposta do grupo foi acrescido de experiências sonoras vanguardistas. Birck participa da demo-tape “Com Amor Muito Carinho”, como guitarrista, cantor e compositor. Algum tempo depois, Marcelo saiu da banda e ela continuou com Carlo Pianta (ex-Defalla) na guitarra.
Após sua saída, a banda continuou a executar várias de suas composições, algumas delas registradas nos 3 CDs seguintes: Coisa de Louco II (1995), Chapinhas de Ouro (1998) e Ao Vivo (2007). Mais informações podem ser obtidas no site da banda.


Com o recesso da Graforréia Xilarmônica, em 91, Birck decide radicalizar na pesquisa de sonoridades, cujo resultado pode ser conferido na demo-tape (1993) e no CD (1996) da banda Aristóteles de Ananias Jr.
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Na proposta do grupo, o rock dos anos 60 funciona como uma base sobre a qual são adicionadas outras referências, tais como contraponto, texturas atonais e ruídos. Recursos como descontinuidades, desconstrução, politexturas e improvisos (com espaço mesmo para soluções obtidas ao acaso) também são utilizadas, além de fazer uso de outras matrizes pop e eventualmente regionalismos.
O trabalho da Aristóteles de Ananias Jr., que incluiu também dois filmes trash em vídeo e vários videoclips, foi saudado por Arthur de Faria como a proposta mais radical acontecida no âmbito da música popular em terras gaúchas.




Em 2008 o sobrinho do Peréio, lançou Timbres não Mentem Jamais, seu segundo CD solo (patrocinado pela Petrobrás) caracterizando-se pela investigação sonora, com influências de Jovem Guarda, Surf Music, Beatles, brega setentista, e vanguardas musicais dos séc. XX e XXI, sempre radicalizando os recursos oferecidos pelos meios computadorizados. DOWNLOAD
O resultado é um móbile de procedimentos musicais. Vanguarda (pesquisa de sonoridades inéditas) e Jovem Guarda (comunicação direta), gerando resultados pouco convencionais através da interação entre musicalidades distintas e pela descontextualização de elementos familiares. Um remix de tendências. Formação e informalidade. Linguagens artificiais, colagens, loops, vinhetas. Simultaneidades, letras com semântica absurda, mas com momentos pra cantar o amor.

Nos shows, músicos tocando ao vivo interagem com bases gravadas. A concepção é complementada com a projeção de imagens criadas utilizando recursos de produção digital e analógica (animações em super-8 realizadas direto na película). No repertório, são apresentadas obras de toda a carreira de Birck.


OBRA
Participação em bandas como instrumentista, cantor e co-autor
o Graforréia Xilarmônica
* Com Amor Muito Carinho (fita cassete, Graforréia Xilarmônica, 1988)
o Aristóteles de Ananias Jr.
* Aristóteles de Ananias Jr. (fita cassete, Aristóteles de Ananias Jr., 1993)
* Aristóteles de Ananias Jr. (CD, Grenal Records, 1996)-
* Canibalismo Odara (1994) (videoclip, direção de Gilson Vargas)
* Bico de Pato (1995) (videoclip, direção de Marcelo Birck e Ricardo Frantz)
* Saudades do Alegrete (1995) (videoclip, direção de Munir Klamt, Ricardo Frantz e Marcelo Birck)
* Fúlvio Silas II (1995) (videoclip, direção de Munir Klamt)
* Free-Way (1995) (videoclip, direção de Munir Klamt)
* Pagode Acebolado (1997) (videoclip, direção de Munir Klamt)
* Projeto espacial B (filme em vídeo, Aristóteles de Ananias Jr.)
* A Morte veio de Marte (filme em vídeo, Aristóteles de Ananias Jr.)
o Os Atonais
* Em Amplitude Modulada (CD, Os Atonais, 2000)
o Trabalhos solo
* Marcelo Birck (CD, Grenal Records, 2000)
* Timbres não mentem jamais (CD, Petrobrás, 2008)
Trabalhos publicados
* Acaso, Alfabeto e Eletricidade (1998)
* Música, Músicos e Prioridades (1999)
* Música Popular e Linguagens Artificiais: da influência do Op. 19/6, de Arnold Schoenberg, na composição de “Currículo Para Concerto e Orquestra” (2004)
* O Jogo de Xadrez Como Algoritmo Gerador de Timbre: Relato de Uma Experiência Composicional em C-Sound (2004)
>>> Veja uma resenha de "Os Timbres Não Mentem Jamais" por Marcelo Birck no Blog Desorientação.
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