Alexandra Scotti (repostagem)

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++ Hoje a tarde, ao instalar-me em frente ao televisor, para a costumeira audição do programa ATITUDE NO TELHADO , da TVE Brasil, me deparo com a excelente dupla Kleiton & Kledir (pensei: o início de tarde está salvo), e para minha surpresa, o melhor ainda estava por vir.

O programa começou com uma cantora de Caxias do Sul -Rio Grande do Sul ... Alexandra Scotti... Me chamou atenção imediatamente sua banda, que entre outros que a acompanhavam, estavam Adal Fonseca e Luciano Granja (ex-integrantes do Engenheiros do Hawaii)... Bingo ponto para ela...

Com uma performance e desenvoltura de palco surpreendentes (sem contar as musicas: saborosas), demostra maior qualidade que qualquer "Daniella alguma coisa" da vida, que tanto é empurrada pela midia goela abaixo dos pobres mortais.

Me tornei fã no mesmo momento... Fui para a internet descobrir mais sobre ela, primeiro errei o nome, dei de cara com uma cantora americana: Alexandra Scott, e nada sobre a garota que acabara de ver, (ahhhh, o final foi sensasional: jam session com a dupla K&K), até o momento em que o Google me apontou para o site oficial da garota....

Lá encontrei a seguinte resenha que dá uma pincelada sobre sua carreira:

Surpresas E Armas de Uma Pin-up da Canção

(por Antonio Carlos Miguel)

MARÇO DE 2002

Uma jovem pede licença para entregar seu disco independente. Diz que é cantora e compositora, que está com um show num bar em Ipanema, que participará de um projeto para novas cantoras dirigido por Nelson Motta etc...

- O.K., vou ouvir, depois tento um registro do show -, respondo, educada-automaticamente, mesmo sem levar muita fé. Afinal, são dezenas os discos de novos artistas que proliferam como coelhos na redação, e quase nada de realmente novo ou de bom costuma aparecer.

Na manhã seguinte, durante a habitual garimpagem, o disco chama a minha atenção já em sua primeira faixa, Cilada, um pop de autêntico sabor brasileiro que dosava suingue em sua levada, letra esperta e uma cantora segura, com técnica e bastante personalidade.

Impressão que prosseguiu, ou aumentou, na seguinte, Meio-Dia, uma sensual cantada na qual ela se dirige sem pudores ao seu alvo: Mas, ah! Que bom seria / Dormir um dia com você / Até meio-dia / Ah! Que bom seria / Se esse meio-dia / Durasse todo o dia.

Na semana seguinte, depois de passar por uma festa cubana no Copacabana Palace na qual Compay Segundo nos encantou com os seus habituais boleros, sons e rumbas, convenço minha mulher, Kati, e meu guru para assuntos pop-roqueiros, Ezequiel Neves, a dar uma conferida no bar na rua Teixeira de Mello no qual Alexandra estava se apresentando.

Chegamos no fim, mas a tempo de pegar as duas últimas músicas e confirmar que aquela cantora e compositora que nos impressionara em disco também tinha forte presença no palco. Nada por acaso. Gaúcha que chegara ao Rio dois meses antes para tentar a vida como cantora e compositora, antes de assumir a paixão pela música ela fora bailarina e atriz, tendo trabalhado com Gerald Thomas.

26 MESES DEPOIS

Bem, num mercado voraz como o da música popular isso é quase um século. E foi com alguma apreensão que recebi o convite da EMI para fazer o texto de apresentação de uma cantora e compositora que (um século antes!) eu mesmo tratara de apresentar aos meus leitores.

Mas não é que Alexandra Scotti voltou a me surpreender? A produção (dividida entre Paul Ralphes e Christiaan Oyens) soube preservar o frescor que aquele disco independente (Amor Brechó era o nome) esbanjava.

Ralphes e Oyens, que também participam como músicos, escalaram um bom e variado time no estúdio, incluindo gente como Luciano Granja (violão e guitarra, também parceiro de Alexandra em três faixas), Rodrigo Santos e Dunga (baixo), Adal Fonseca (bateria) e Fábio Fonseca (clavinete).

O resultado é profissional e descontraído, sofisticado e popular. No repertório foram aproveitadas três faixas do disco independente: aqueles dois perfeitos cartões de visita (ambos com letra e música de Alexandra), e ainda uma releitura, agora com roupagem mais eletrônica, para Paixão (balada de Kledir Ramil que foi sucesso nos anos 80).

Novas canções de Alexandra confirmam a compositora de acento pop e brasileiro (agora também carioca de adoção), incluindo Do Jeito que Eu Gosto, Luz acesa, Colada em Você (com Granja), Sereia Tropical, Docinha e Pin-ups. Esta, escolhida como primeiro single para as rádios, é uma espirituosa crônica urbana, retrato de sonhos adolescentes: De todas as garotas / Que existem no planeta / Nada se compara à beleza das pin-ups / Fofas / Divertidas / Pernas bem torneadas / Uma boca incrível / Elas vão te enlouquecer.


Como as pin-ups tão bem desenhadas nessa canção, Alexandra Scotti tem as armas para enlouquecer quem vive no planeta pop.


Abaixo os discos da bela da Prenda:



Alexandra Scotti - Amor Brechó (2000)













01 - Cilada 4:15
02 - Meio Dia 4:04
03 - Dançar Um Samba 3:18
04 - Platonica 4:26
05 - Paixão 4:12
06 - A Cobrar 3:55
07 - Rotina Em Re Maior 5:06
08 - Fax De Conta 3:38
09 - Amor Brechó 3:19
10 - Rio Grande Do Blues





Alexandra Scotti - Alexandra Scotti (2004)













01 - Do Jeito Que Eu Gosto
02 - Cilada
03 - Luz Acesa
04 - Meio Dia
05 - Colada Em Você
06 - Pin-Ups
07 - Em Silêncio
08 - Paixão
09 - TV E Geladeira
10 - No Rastro do Sol
11 - Sereia Tropical
12 - No Mesmo Lugar
13 - Docinha
14 - Pin-Ups (remix)





Alexandra Scotti - Irresistível (2007)













01 - Singular
02 - Colar de Rubi
03 - Meu Esquema
04 - Tudo Passará
05 - Irresistível
06 - Contradição
07 - Pra Não Dizer
08 - Adoro Despedida
09 - Pra Me Alegrar Um Pouco
10 - Ouvir Criança

3 comentários:

Teto Mofado disse...

que bacana ramon!

li sua reportagem na internet sobre o meu trabalho!
obrigada viu??
um beijo e boa sorte!!
Alexandra Scotti

Anônimo disse...

Muito legal Ramon.

Fabyo Luiz Pereira disse...

Muito bons os álbuns!

Só um detalhe Ramon, no disco Alexandra Scotti (2004) está faltando a faixa número 7, "Em silêncio".

Valeu!

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RamonR