A banda Apanhador Só, de Porto Alegre, venceu no mês de julho, o Festival de Bandas Trama Universitário - Região Sul, depois de acirrada eleição via Internet.
Batizado a partir de referências como o livro O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger, e a canção folclórica Marinheiro Só, famosa na voz de Caetano Veloso, o quinteto mostra diversidade também no som.
Canções como "Maria Augusta" e "Pouco Importa" dão espaço para rock, MPB, psicodelismo, ritmos regionais e o que mais pintar na cabeça da turma. Drusko da Cunha (bateria), Alexandre Kumpinski (guitarra e voz), Fernão Morsch (baixo e voz), Carina Levitan (percussão e programações) e Felipe Zancanaro (guitarra) têm tocado com freqüência em Porto Alegre e se preparam para lançar não um, mas dois clipes em breve.
A Apanhador Só é uma banda bem incomum aos padrões da estética musical sulista. Não tem aquela pegada rock, não tem aquele talento para ser a banda do momento, apesar de soar como um pequeno filhote do Los Hermanos. Essencialmente é um power trio de guitarra, baixo e bateria. O que enche mais o som é a percussão incomum de Carina. Ela usa pedaços de sucata de maneiras um tanto quanto inusitadas, fazendo com que, além do som genial, a estética também fique interessante.
O projeto gráfico do encarte também chama atenção, utilizando-se do conceito “baixo custo”, ele é feito em papel cartão pardo e toda a arte é carimbada, uma solução muito original. DOWNLOAD
Confira a entrevista dada para o Jornal Zero Hora de 24 de julho:
Zero Hora - Como é para vocês criar músicas que cruzam tantas referências?
Alexandre - Liberdade é uma palavra que a gente preza, fazer o que queremos, sem ter que dar um nome. Normalmente, alguém traz uma idéia para o grupo fazer o arranjo, ou trabalhamos juntos para depois fazer a letra. Cada um gosta de um tipo de música. No início, nos preocupávamos em misturar elementos diferentes. Agora isso é mais espontâneo.
ZH - A Internet é uma ferramenta importante para a divulgação de novas bandas. Vocês acham que o formato CD vai mesmo desaparecer?
Alexandre - A capa do nosso disco é carimbada à mão. Ter o objeto nas mãos faz diferença. Mas não vejo problema em usar apenas a Internet.
Carina - Teve gente de Brasília que escreveu pedindo a capa do disco, mandamos pelo correio.
Felipe - A Internet é boa porque tu só dependes de ti e da tua música, sem peneira nenhuma.
ZH - O que vocês acham de muitas bandas gaúchas serem cobradas por não fazer sucesso fora do Estado?
Alexandre - Acho que não nos incluímos no balaio do "rock gaúcho". Se alguém de fora nos convidar para tocar, a gente vai. Não temos apego à terra, mas também não temos desprezo.
3 comentários:
hey, tu tem o disco introducao dos colarinhos caoticos?
Vai Ser a Melhor Banda já vista, tendo em vista a inteligência...
A Apanhador é genial, melhor banda de Porto Alegre da atualidade disparada!
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